Equipe Focus
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Vários órgãos públicos e instituições do Poder Judiciário foram alvos de hackers nos últimos dias. Os problemas vão muito além do primeiro caso de grande relevância cujo alvo foi o Superior Tribunal de Justiça (STJ) na terça-feira, 3. Depois de os cibercriminosos travarem a segunda maior corte judiciária brasileira, o ataque seguinte foi em direção ao Ministério da Saúde e ao Governo do Distrito Federal.
Nesta semana, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) também virou alvo dos criminosos virtuais ao ter invadido os e-mails de desembargadores e servidores da Justiça daquele Estado.
Na data de ontem, 10, o portal Obastidor divulgou que a Controladoria-Geral da União (CGU) teve seu sistema invadido por um harcker que teve a ousadia de gravar todo o ato criminoso e disponibilizar no YouTube.
O problema ganha tal dimensão que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, convocou a formação de um grupo de trabalho para fins da criação de um comitê cibernético voltado para a prevenção e proteção do Poder Judiciário.
Muitas das invasões ocorrem apenas com o objetivo egocêntrico do hacker. Como um troféu perante o seu universo cibernético, como foi o ataque operado contra a CGU.
No entanto, há ataques contra sistemas com o fim de “sequestrar” os dados e pedir um resgate para o retorno ao seu acesso. Esse é uma espécie de crime virtual conhecido como ransomware, cujo pagamento do resgate é feito por transações de criptomoedas na rede blockchain.
Nos últimos dez dias, com diversos ataques cibernéticos contra instituições e órgãos públicos, ficou claro que o Brasil está altamente vulnerável em relação à segurança da informação e que sua fragilidade tecnológica agora ficou escancarada.
Na data de hoje, o portal do STJ volto ao normal. Veja aqui.