Equipe Focus
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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta segunda-feira,12, que a comissão já não tem mais dúvidas de que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crime de prevaricação.
De acordo com o senador, o crime é configurado pelo fato de o presidente ter ignorado os alertas do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre irregularidades no contrato da vacina Covaxin.
Além da afirmação, feita em entrevista à Globonews, Calheiros ressaltou que a CPI ainda precisa recolher evidências sobre uma eventual participação de Bolsonaro no suposto esquema de desvios de recursos no processo de compra do imunizante contra a COVID-19.
“Não resta dúvida, do ponto de vista da CPI, com relação à prevaricação. A dúvida é com relação à participação do presidente na negociação”, disse Renan.
Na entrevista, ele defendeu a convocação do ajudante de ordens do presidente, o capitão Diniz Coelho, que trocou mensagens com Luis Miranda antes do encontro de Bolsonaro como parlamentar. Nas mensagens, Diniz coelho afirma que o presidente já teria conhecimento sobre o caso Covaxin.