No Focus Colloquium, o publicitário Pádua Sampaio diz que a disputa por atenção nas campanhas políticas “beira a insanidade”

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Foto: Focus.Jor

O publicitário Pádua Sampaio, reconhecido por sua premiada atuação no ramo e como marqueiteiro de campanhas políticas, anaslisa as grandes mudanças que ocorrem no setor em função das novas tecnologias. “A disputa por atenção nas campanhas políticas beira a insanidade”, afirma.

Em 2024, por exemplo, ele observa que, com o aumento exponencial dos canais de mídia, independentemente do meio, a maneira como os políticos se promovem também evoluiu. Não exatamente para melhor.

“Embora a quantidade de informações disponíveis tenha se multiplicado, o espaço para a mensagem continua o mesmo”, explicou em relação ao trabalho de disputa por atenção. “O dia continua com a mesma quantidade de horas. Se o usuário não curtir, ele passa o conteúdo”, lembrou. 

Pádua pontua que é “compreensível, mas questionável, que muitos políticos se percam na busca por atenção, ultrapassando o limite do que é apropriado”. 

“A política é um campo sério e impacta diretamente a vida das pessoas. A necessidade de captar a atenção pode levar a excessos, e é crucial considerar o tempo de visualização do público”, destacou o especialista em relação ao trabalho que os pré-candidatos adotaram, com muito meme e dancinhas para viralizar.

“Por exemplo, um candidato se expõe por um minuto e quinze segundos, mas o público só assiste por quinze segundos. É importante refletir sobre o uso da imagem que está sendo projetada para pouco resultado”, apontou.

Para o cearense, a disputa pela atenção está chegando a um ponto crítico, “quase beirando a insanidade”: “É fundamental lembrar que um seguidor não se traduz em voto. O processo de tomada de decisão é complexo, e é necessário entender o que o eleitor”.

Veja a seguir o Focus Colloquium com Pádua Sampaio, que é articulista do Focus. Na conversa com o jornalista Fábio Campos, o publicitário discorre sobre a profissão, suas escolhjas, prémios, o que é a boa publicidade, a necessidade de conhecimento e estudo para o exercício da profissão e, por fim, o marketing em campanhas políticas.

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