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Apetite por risco põe Ibovespa em novo recorde, perto dos 136 mil pontos

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Após uma leve queda de 0,15% na última sexta-feira, o Ibovespa voltou a subir no início desta semana, fechando em um novo patamar recorde, próximo aos 136 mil pontos. O índice superou a marca anterior, registrada em 27 de dezembro de 2023, quando atingiu 134.193,72 pontos. Nesta segunda-feira, o Ibovespa oscilou entre uma mínima de 133.953,32 e uma máxima de 136.179,21 pontos, novo recorde intradiário. Ao final do dia, fechou com alta de 1,36%, aos 135.777,98 pontos, com um giro financeiro de R$ 25,5 bilhões.

Destaques do mercado
Em agosto, o Ibovespa acumula um ganho de 6,37%, o que coloca o índice em alta de 1,19% no ano. O setor metálico teve um forte desempenho na B3, impulsionado pela alta do minério na China. Entre as ações que se destacaram estão Bradesco (ON +5,62%, PN +4,48%), Vale (ON +1,60%), Usiminas (PNA +6,91%), CSN (ON +6,19%) e Gerdau (PN +2,50%).

No lado positivo, empresas do ciclo doméstico como Petz (+23,87%), Lwsa (+12,74%), Marfrig (+13,19%), CVC (+12,04%) e Magazine Luiza (+10,65%) registraram ganhos expressivos. Já no lado oposto, Weg (-2,74%), Prio (-2,66%), Sabesp (-1,22%) e 3R Petroleum (-1,10%) tiveram quedas.

Cenário macroeconômico
O alinhamento entre as declarações do presidente Lula e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi um dos principais fatores para a alta do Ibovespa, segundo Inácio Alves, analista da Melver. Esse efeito também foi observado no câmbio, com o dólar caindo 1,02%, para R$ 5,4120, e na curva do DI, que recuou na sessão, refletindo o apetite por risco no exterior.

Nos EUA, o Nasdaq subiu 1,39% no fechamento. Enquanto isso, os contratos futuros de petróleo caíram mais de 2,5%, pressionados por expectativas de um cessar-fogo em Gaza e sinais de fraqueza na demanda da China. Esse movimento limitou o avanço do Ibovespa, com a Petrobras fechando em baixa (ON -0,77%, PN -0,16%).

Expectativas para a Selic
Gabriel Meira, sócio da Valor Investimentos, observa que várias instituições estão revisando suas projeções para a Selic no final do ano, com estimativas que chegam a 11,75%, 1,25 ponto percentual acima do nível atual. Ele também menciona a expectativa de um “soft landing” nos EUA, com uma redução gradual dos juros, o que favorece o cenário para a Selic e contribui para a valorização do real.

Perspectiva econômica
Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, destaca que os dados recentes da economia americana afastaram os temores de recessão, o que melhora o cenário doméstico, especialmente com a expectativa de cortes nos juros dos EUA já em setembro. Ele também ressalta que a economia brasileira segue aquecida, com projeções de PIB para 2024 acima do esperado e um mercado de trabalho ainda forte.

Moreira aponta que a Bolsa brasileira está descontada em comparação com pares emergentes e em relação ao padrão histórico, com a razão Preço/Lucro abaixo de 8 vezes, enquanto a média histórica é de 11 vezes.

Recomendações de compra
Entre os destaques da sessão, Bradesco subiu cerca de 5%, impulsionado pela recomendação de compra do Goldman Sachs, que apontou resultados do segundo trimestre acima do esperado. Já a varejista Magazine Luiza, sensível ao crescimento do PIB e à estabilidade do câmbio e dos juros, também teve um bom desempenho, com suas operações digitais impulsionando as vendas, segundo Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital.

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