Bancos planejam vender US$ 3 bilhões em dívida da X, mas Musk nega dificuldades

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Foto: Reprodução/Instagram

O fato: Bancos de Wall Street, liderados pelo Morgan Stanley, estão se preparando para vender até US$ 3 bilhões em participações de dívida da rede social X, controlada por Elon Musk, segundo fontes com conhecimento do assunto. Executivos do Morgan Stanley já começaram a sondar investidores antes da venda, que está planejada para esta semana.

Os bancos esperam obter entre 90 e 95 centavos de dólar para cada dólar emprestado, segundo informações do Wall Street Journal.

Negativa de Elon Musk: Elon Musk reagiu à publicação do Wall Street Journal, classificando a reportagem como “falsa” e afirmando que o jornal está “mentindo”. Apesar disso, o periódico citou um e-mail enviado por Musk à equipe da X, em janeiro, no qual ele admitia que as finanças da empresa permanecem problemáticas, mas destacava o aumento da influência e do alcance da plataforma.

Dívida ligada à compra do Twitter: A dívida em questão está relacionada ao empréstimo de US$ 44 bilhões que permitiu a Musk adquirir o Twitter em 2022, antes de renomeá-lo como X. Além do Morgan Stanley, outros bancos como Bank of America, Barclays, BNP Paribas, Mitsubishi UFJ, Mizuho e Société Générale participaram do financiamento.

Esses bancos, que normalmente vendem os empréstimos logo após a conclusão de um negócio, têm enfrentado dificuldades para negociar a dívida da X. Alterações significativas realizadas por Musk na plataforma, como a redução de equipes de moderação de conteúdo e declarações polêmicas, resultaram na fuga de anunciantes, diminuindo as receitas da empresa e aumentando o risco de inadimplência, o que reduziu o valor da dívida no mercado.

Descontos e dificuldades anteriores: Tentativas anteriores de vender a dívida, ainda em 2022, atraíram ofertas que resultariam em perdas de até 20% para os bancos sobre o valor de face da dívida, segundo fontes.

Apesar das dificuldades, em novembro de 2023, a Reuters relatou que a proximidade de Musk com o ex-presidente Donald Trump e sua crescente influência política nos Estados Unidos têm levado bancos a refletir sobre melhores estratégias para vender as dívidas sem aplicar grandes descontos.

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