
O fato: A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Palma, que revelou o uso do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, como rota estratégica para o tráfico internacional de drogas. A investigação identificou uma quadrilha que utilizava cargas de exportação para enviar entorpecentes ao exterior, resultando em cinco prisões temporárias e oito mandados de busca e apreensão.
Cocaína escondida em carga de cera de carnaúba: O caso começou a ser investigado após a apreensão de 435 quilos de cocaína no dia 6 de fevereiro. A droga estava escondida em um contêiner com cera de carnaúba, destinado à exportação. A Receita Federal interceptou a carga e alertou as autoridades, o que levou à descoberta de um esquema criminoso operando dentro do terminal portuário.
Funcionários do porto sob suspeita: As investigações apontam para o envolvimento de funcionários da Companhia Docas do Ceará e de empresas terceirizadas que atuam no porto. Segundo a PF, os colaboradores facilitavam a inserção da droga nos contêineres e participavam de outros elos logísticos do esquema.
R$ 1,4 milhão em bens bloqueados: Além das prisões e das buscas autorizadas pela Justiça Federal no Ceará, também foi determinado o bloqueio de cerca de R$ 1,4 milhão em bens e valores dos investigados, como forma de minar o poder financeiro da organização criminosa.
Atuação conjunta: A operação contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/CE) e mobilizou cerca de 30 agentes federais. Os investigados devem responder por tráfico internacional de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão, a depender do grau de envolvimento de cada suspeito.