
O fato:
A Toyota retomou nesta segunda-feira (3) a produção de veículos no Brasil, nas fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, ambas no interior de São Paulo, após mais de 40 dias de paralisação. As atividades estavam suspensas desde 22 de setembro, quando uma tempestade atingiu a planta de Porto Feliz (SP), responsável pela fabricação dos motores utilizados pela montadora.
O contexto:
A retomada será gradual e ocorrerá inicialmente com o uso de motores e peças importados de outras unidades da Toyota no exterior. Nesta primeira fase, a produção está concentrada nas versões híbridas dos modelos Corolla e Corolla Cross.
Em nota divulgada em outubro, a empresa informou que a produção de veículos com motores convencionais será retomada apenas em janeiro de 2026, tanto para o mercado interno quanto para exportação. A previsão é de que, até lá, a Toyota mantenha a operação parcial enquanto reconstrói e reestrutura a fábrica de Porto Feliz.
O impacto:
A paralisação das atividades da montadora afetou toda a cadeia produtiva automotiva, com suspensão temporária de contratos de trabalho e redução de ritmo em fornecedores da região. A volta gradual da produção representa um alívio para o setor, que vinha operando em compasso de espera pela normalização da produção da Toyota, uma das principais montadoras instaladas no país.
O pano de fundo:
A interrupção ocorreu após uma forte tempestade acompanhada de ventos intensos que causou destruição em diversas cidades paulistas. Em Porto Feliz, o destelhamento da fábrica deixou dez pessoas feridas e oito desabrigadas. Segundo a Defesa Civil, o evento climático de 22 de setembro gerou 33 ocorrências em diferentes regiões do estado, com 24 feridos, oito desabrigados e 33 desalojados.
Cidades como Rancharia, Ourinhos, Santa Fé do Sul, Presidente Prudente e Presidente Venceslau também registraram alagamentos, destelhamentos e quedas de árvores, enquanto em Dracena, uma árvore caiu sobre um carro, ferindo duas pessoas.
O que está em jogo:
A retomada da produção simboliza um passo importante para a recuperação da Toyota no Brasil e para o reequilíbrio da indústria automotiva nacional. Com a volta das operações, a montadora reforça seu compromisso com a sustentabilidade, priorizando a produção de veículos híbridos, e sinaliza confiança na retomada do crescimento industrial no país.







