
O fato: As famílias de Fortaleza destinaram, em média, 41,1% da renda ao pagamento de dívidas em outubro, segundo levantamento da Fecomércio Ceará em parceria com o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC). O percentual representa um aumento de três pontos percentuais em relação a setembro (38,1%), refletindo o esforço dos consumidores para manter as contas em dia.
O que importa: Apesar do aumento no comprometimento da renda, o dado positivo é que a inadimplência caiu de 21% para 17,8%. O recuo indica que as famílias estão conseguindo controlar melhor o endividamento e honrar seus compromissos financeiros.
Números:
- 70,6% dos consumidores fortalezenses têm algum tipo de dívida (em setembro eram 68,7%);
- O valor médio das dívidas é de R$ 1.748 por família, com prazo médio de oito meses para quitação;
- O cartão de crédito continua sendo o principal meio de financiamento, presente em 78,4% dos casos;
- Entre os principais gastos a prazo estão alimentos (57,2%), tratamentos de saúde (28,2%), vestuário (26,5%) e aluguel (22,5%).
Coontexto: De acordo com Cláudia Brilhante, diretora institucional da Fecomércio-CE, o cenário aponta para uma reorganização das finanças pessoais.
“O consumidor está mais consciente e tem se planejado melhor. A redução da inadimplência mostra um comportamento mais responsável, o que favorece o consumo no fim do ano”, avalia.
Os desafios: O levantamento revela, porém, que o planejamento financeiro ainda é uma barreira. Entre os entrevistados:
- 17,1% afirmam não ter qualquer controle sobre as próprias finanças;
- 54,1% reconhecem que a falta de planejamento é o principal fator do endividamento;
- Entre os inadimplentes, o atraso médio nas contas é de 75 dias, sendo o desequilíbrio financeiro (53,1%) e o uso do dinheiro para outras prioridades (39,9%) as causas mais frequentes.







