
O fato: O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quarta-feira (3) que qualquer avanço na investigação que envolve o banqueiro Daniel Vorcaro, sócio do Banco Master, dependerá de autorização direta da Corte. A decisão atende a um pedido da defesa, que apontou a participação de um deputado federal no caso, o que atrai o foro privilegiado do STF.
O que está em jogo: A partir de agora, todas as medidas judiciais relacionadas ao inquérito deixam de passar pela Justiça Federal em Brasília e serão analisadas exclusivamente por Toffoli. O processo seguirá sob sigilo. Para o ministro, a presença de investigados com prerrogativa de foro fixa a competência do Supremo.
O pano de fundo: Vorcaro é alvo da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que investiga a concessão de créditos falsos pelo Banco Master e supostas fraudes na tentativa de compra do BRB. As irregularidades apontadas podem alcançar R$ 17 bilhões.
Situação dos investigados: Em 28 de novembro, o TRF-1 concedeu habeas corpus e determinou a soltura de Vorcaro e de outros ex-diretores do banco. Eles estão obrigados ao uso de tornozeleira eletrônica e impedidos de atuar no setor financeiro, manter contato com outros investigados ou deixar o país.






