
Equipe Focus
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Após ser desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) reconheceu, nesta terça-feira, 8, que “errou” e voltou a afirmar que há um “enorme” e “fortíssimo” indício de “supernotificação” de mortes por COVID-19 e, por isso, determinará uma investigação.
De acordo com o presidente, o governo deve “ir para cima” e apurar os estados que inflaram os números da pandemia para receber mais recursos federais. A investigação poderá ser conduzida pela Controladoria Geral da União (CGU).
“Estava conversando agora com o advogado geral da União [ministro André Mendonça], veio tomar café comigo aqui. O que o governo pode fazer via Advocacia Geral da União [é] fazer uma investigação em cima disso. Desculpa aqui, a Controladoria Geral da União fazer, então, um trabalho em cima disso aí”, disse para apoiadores na saída da residência oficial.
Na segunda-feira, 7, Bolsonaro afirmou que o TCU havia produzido um relatório onde dizia que aproximadamente 50% das mortes cujas causas foram registradas como COVID-19 não tiveram o vírus como motivo principal.
Em nota, o tribunal negou a existência de qualquer conclusão nesse sentido: “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”.