
Na semana passada, o presidente Lula se reuniu com banqueiros para discutir a ampliação do acesso ao crédito consignado por meio do eSocial. A medida visa alcançar até 42 milhões de trabalhadores celetistas e domésticos registrados, permitindo o acesso a taxas de juros mais baixas e comparáveis em relação ao mercado e aos juros praticados em outras linhas, como cartão de crédito. No entanto, a quem interessa, realmente?
O que muda?
- Crédito mais acessível: trabalhadores terão acesso a crédito consignado, antes exclusivo de aposentados e servidores.
- Carteira de crédito pode crescer: de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
- Taxas de juros mais transparentes: comparações diretas para reduzir juros de até 6% ao mês.
Crítica dos sindicalistas: uma armadilha financeira?
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), critica a proposta, apontando-a como uma “armadilha financeira” para os trabalhadores. Sua principal preocupação é o possível aumento da cobrança de juros extorsivos, o que pode resultar em mais endividamento, especialmente para os mais vulneráveis economicamente.
O problema?
- Excesso de crédito: O crédito fácil pode criar um exército de endividados, comprometendo o futuro financeiro de muitos trabalhadores.
- A festa dos bancos: Com mais crédito no mercado, quem realmente se beneficia são os bancos, que cobram juros elevados, aumentando a exploração financeira dos cidadãos.
A visão do sindicalista:
Para Araújo, o modelo proposto pode gerar uma nova forma de exploração, comprometendo a capacidade de pagamento dos trabalhadores e criando um ciclo vicioso de endividamento.