Carnaval antecipado dos bancos: Lula quer crédito consignado para setor privado

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Lula, Luiz Carlos Trabucco, Milton Maluhy Filho, Isaac Sidney, André Esteves, Mario Leão, Marcelo Noronha e Alberto Monteiro (Foto: Divulgação)

Na semana passada, o presidente Lula se reuniu com banqueiros para discutir a ampliação do acesso ao crédito consignado por meio do eSocial. A medida visa alcançar até 42 milhões de trabalhadores celetistas e domésticos registrados, permitindo o acesso a taxas de juros mais baixas e comparáveis em relação ao mercado e aos juros praticados em outras linhas, como cartão de crédito. No entanto, a quem interessa, realmente?

O que muda?

  • Crédito mais acessível: trabalhadores terão acesso a crédito consignado, antes exclusivo de aposentados e servidores.
  • Carteira de crédito pode crescer: de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
  • Taxas de juros mais transparentes: comparações diretas para reduzir juros de até 6% ao mês.

Crítica dos sindicalistas: uma armadilha financeira?
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), critica a proposta, apontando-a como uma “armadilha financeira” para os trabalhadores. Sua principal preocupação é o possível aumento da cobrança de juros extorsivos, o que pode resultar em mais endividamento, especialmente para os mais vulneráveis economicamente.

O problema?

  • Excesso de crédito: O crédito fácil pode criar um exército de endividados, comprometendo o futuro financeiro de muitos trabalhadores.
  • A festa dos bancos: Com mais crédito no mercado, quem realmente se beneficia são os bancos, que cobram juros elevados, aumentando a exploração financeira dos cidadãos.

A visão do sindicalista:
Para Araújo, o modelo proposto pode gerar uma nova forma de exploração, comprometendo a capacidade de pagamento dos trabalhadores e criando um ciclo vicioso de endividamento.

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