
O fato:
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou alta em novembro e avançou 1,3 ponto na comparação com outubro, chegando a 89,8 pontos — o maior patamar desde dezembro de 2024. Os dados, coletados entre 1º e 18 de novembro pelo Ibre/FGV, também mostram aumento de 1,2 ponto na média móvel trimestral.
O que há por trás:
É o terceiro mês consecutivo de avanço, indicando uma recuperação gradual no sentimento das famílias, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A melhora ocorreu em todas as faixas de renda, refletindo percepções mais positivas sobre a economia e as finanças domésticas.
Números:
• O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,8 ponto e atingiu 84,8 pontos, maior nível desde 2014.
• O Índice de Expectativas (IE) subiu um ponto e chegou a 93,8 pontos.
• A avaliação da economia local aumentou para 95,8 pontos.
• A percepção sobre a situação financeira das famílias subiu 3,3 pontos, para 74,1 pontos.
• A expectativa para compras de bens duráveis cresceu dois pontos, chegando a 84,6 pontos.
“A melhora da confiança reflete a manutenção de um mercado de trabalho forte e o alívio recente da inflação. Porém, juros altos e elevado endividamento das famílias podem frear essa trajetória”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre/FGV.
Faixas de renda:
O avanço foi generalizado:
• Até R$ 2.100: +3,6 pontos (86,2)
• Entre R$ 2.100 e R$ 4.800: +4,2 pontos (92,8)
• Entre R$ 4.800 e R$ 9.600: +1,4 ponto (87,2)
• Acima de R$ 9.600: +0,5 ponto (94,7)
Por que importa:
A confiança do consumidor é um dos principais termômetros para o consumo das famílias — responsável por mais de 60% do PIB brasileiro. Melhora na percepção tende a estimular compras, sobretudo em bens duráveis e serviços, mas o impacto pode ser limitado pelo endividamento elevado e pelos juros ainda altos.






