Equipe Focus
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Com mais de 6 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 já aplicadas em toda a população, o Ceará começa a ver os reflexos no número de hospitalizados e, principalmente, nos de pacientes em leitos de Unidade de Terapia Intensiva.
De acordo com dados Boletim Observatório COVID-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estado está com 47% dos leitos de UTI destinados a pacientes de COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) ocupados.
Os dados indicam que se trata do melhor cenário desde quando o grupo começou a monitorar esse índice, em julho de 2020. Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que o resultado reflete os ganhos adquiridos com o avanço da vacinação no País.
“Considerando que ainda são altos os níveis de transmissão de casos e óbitos, a vacinação deve ser ampliada e acelerada, além de combinada com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados”, orientam.
Segundo o boletim, outros 13 Estados apresentam taxas inferiores a 50%: Acre (13%), Pará (48%), Amapá (26%), Piauí (48%), Ceará (47%), Rio Grande do Norte (34%), Paraíba (22%), Pernambuco (41%), Alagoas (26%), Sergipe (35%), Bahia (43%), Minas (47%), Espírito Santo (42%) e São Paulo (46%).
Por outro lado, cinco Estados estão na zona de alerta intermediário. Mato Grosso e Goiás, aponta a Fiocruz, registraram as maiores taxas de ocupação, com, respectivamente, 79% e 78% dos leitos de UTI covid para adultos ocupados. Recordista no número de casos da variante Delta, com 206 registros, o Estado do Rio apresentou crescimento do indicador nas duas últimas semanas e registra agora taxa de 67%. Mais transmissível, a cepa identificada originalmente na Índia tem freado reaberturas econômicas pelo mundo e colocado autoridades em alerta.
Além deles, encontram-se na zona de alerta Rondônia (64%) e Roraima (70%). A Fiocruz, no entanto, aponta que a elevação do indicador pode corresponder à redução de leitos de UTI para covid-19 para adultos no SUS, “provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados”.
Na faixa entre 50% e 60% de ocupação, estão Amazonas (54%), Tocantins (58%), Maranhão (52%), Paraná (59%), Santa Catarina (56%), Rio Grande do Sul (57%), Mato Grosso do Sul (56%) e Distrito Federal (59%).
Capitais
Fortaleza, que já imunizou mais de 80% de sua população adulta, também conseguiu reduzir a taxa de ocupação de leitos de UTI e, com 53% das unidades ocupadas, ficou fora da zona de alerta da Fiocruz.
Além da capital cearense, outras 18 estão em situação mais leve: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%).
Na zona de alerta, a cidade do Rio (97%) e Goiânia (92%) são as que estão em situação mais preocupantes, mantendo taxas críticas há semanas. Além delas, seis capitais estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (63%), Boa Vista (70%), São Luís (64%), Curitiba (65%), Campo Grande (65%) e Cuiabá (74%).