focus@focuspoder.com.br
A COVID-19 já corresponde a 69% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) com identificação viral nas últimas quatro semanas, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, que reforça a tendência de aumento dos casos da coronavírus tanto no longo (últimas seis semanas), quanto no curto prazo (últimas três semanas). Na última semana, o dado divulgado, também referente às quatro semanas anteriores, era 10% menor (de 59%) de casos de COVID entre as ocorrências de SRAG.
Em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo também aponta uma tendência de crescimento. Foram 92,22% mortes em decorrência do Sars-CoV-2 entre 29 de maio e 4 de junho. Na semana anterior, o porcentual era de 91,1%.
Além disso, a média móvel de casos semanais de SRAG em adultos cresceu 88,7% na comparação entre a primeira (2.163 casos) e última semana (4.081 casos) de maio, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz. Na população em geral, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 39,5% durante o período.
A diferença se dá pela alta de casos de COVID, já que, enquanto nos adultos, os casos de síndromes respiratórias agudas são, predominantemente, em decorrência do Sars-CoV-2, nas crianças de até 4 anos, os casos de síndromes respiratórias são associados, em sua maioria, ao vírus sincicial respiratório (VSR).
“Em nível nacional, observa-se cenário claro de crescimento no número de casos semanais de SRAG associados à COVID-19 em todas as faixas etárias da população adulta”, diz o Boletim da Fiocruz
Os Estados que apresentaram maior probabilidade de crescimento de casos de síndromes respiratórias agudas, nas últimas três semanas, foram: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e o Distrito Federal.
Diante do contexto, Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe, ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscaras. “É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da COVID, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental”, disse.