
O fato: A Geração Z vive um cenário econômico crítico. Um novo relatório da Oxford Economics mostra que os jovens enfrentam um mercado de trabalho travado, salários estagnados e custo de moradia em alta, combinação que pode gerar “cicatrizes de longo prazo” e comprometer a trajetória financeira desse grupo.
Números: A taxa de contratação nos Estados Unidos caiu para 3,2%, nível semelhante ao período da pandemia, enquanto o desemprego entre jovens de 16 a 19 anos chega a 14% e fica em 9% entre aqueles com 19 a 24 anos, muito acima da média nacional de 4%. Sem emprego estável, milhões de jovens não conseguem deixar a casa dos pais. O estudo estima que 1 milhão a mais de adultos entre 22 e 28 anos vivem com a família em relação ao período pré-pandemia, reduzindo gastos com moradia, transporte e alimentação. Isso implica uma perda de 12 bilhões de dólares por ano na economia americana.
O que está em jogo: A dificuldade de inserção no mercado impede que a Geração Z acumule experiência e renda. A baixa mobilidade, já que empresas contratam pouco e quase não há oportunidades para troca de emprego, derruba o crescimento salarial, especialmente entre trabalhadores de 16 a 24 anos. O relatório destaca que, historicamente, jovens aumentam renda rapidamente ao aprender novas habilidades e mudar de empregador. Hoje, esse ciclo está estagnado.
Impacto econômico: O atraso na independência financeira dos jovens se reflete em menos consumo, menos formação de novas famílias e menos dinamismo econômico. A Oxford Economics alerta que essa quebra de ciclo afeta não apenas a geração, mas a economia como um todo, reduzindo demanda, produtividade e formação de capital humano.
Contexto: Situação semelhante ocorreu com os millennials após a Grande Recessão, quando o número de jovens adultos vivendo com os pais aumentou e permaneceu alto por anos. Mesmo assim, essa geração conseguiu avançar posteriormente. Hoje, 55% dos millennials têm casa própria. A dúvida é se a Geração Z terá o mesmo desfecho, já que enfrenta juros mais altos, moradia mais cara e um mercado de trabalho menos receptivo.
Com informações do InfoMoney






