Elon Musk, o “Dr. X” , quer fechar a USAID, famosa agência dos EUA responsável por distribuir US$ 72 bilhões em ajuda humanitária só no último ano. Nomeado para um painel de cortes de gastos, o bilionário afirmou que a agência é “irreparável” e que Trump concorda com o fechamento.
Por que importa: A USAID financia programas essenciais, como hospitais de campanha em zonas de guerra, remoção de minas terrestres e tratamentos contra HIV/AIDS. Seu fechamento cortaria 42% da ajuda humanitária rastreada pela ONU e já causa apreensão global.
Nos bastidores
• Dois altos funcionários da USAID foram afastados no fim de semana após tentarem impedir assessores de Musk de acessarem áreas restritas da agência (Reuters).
• O site da USAID saiu do ar no sábado e alguns usuários continuavam sem acesso no domingo.
• A agência tem mais de 10 mil funcionários e nunca esteve tão ameaçada. Até o momento de finalização desse texto, o site continuava fora do ar.
Cortes e polêmicas
Musk anunciou que trabalha para cortar US$ 1 trilhão do déficit federal e fez acusações sobre fraudes internacionais no orçamento americano.
• “Ringues profissionais de fraude estrangeira estão roubando grandes somas do governo”, disse Musk, sem apresentar evidências.
• Trump elogiou o bilionário: “Ele é um grande cortador de custos. Às vezes discordamos, mas ele faz um ótimo trabalho.”
O que está pegando
A Reuters revelou que a equipe de Musk teve acesso a sistemas críticos do Tesouro, que movimentam US$ 6 trilhões por ano e armazenam dados bancários de milhões de americanos.
• O senador democrata Peter Welch classificou o acesso como um ‘abuso grosseiro de poder’ e pediu explicações sobre como Musk obteve entrada no sistema de pagamentos do governo.
O plano vai além
Desde que Trump reassumiu o cargo, Musk e sua equipe tomaram o controle de sistemas-chave da burocracia federal.
• No Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), assessores do bilionário bloquearam funcionários públicos de acessar sistemas internos.
• A estratégia de desmonte avança rápido, e Dr. X se consolida como o arquiteto da reforma administrativa de Trump.
O que vem agora: Com a ajuda humanitária na mira, a política externa dos EUA enfrenta um choque sem precedentes.