
O fato: O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, lançou nesta terça-feira (11) o Observatório de Riscos Climáticos, uma plataforma pública e interativa que reúne dados georreferenciados para o monitoramento de eventos climáticos extremos e a formulação de ações preventivas. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta do município diante de desafios como ondas de calor, inundações e secas prolongadas.
O contexto: O anúncio ocorreu durante a COP 30, no painel “Mutirão contra o Calor Extremo”, promovido pela presidência da conferência e pela Coalizão pelo Resfriamento (Cool Coalition), liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O evento reuniu representantes de países, cidades e organizações que desenvolvem soluções sustentáveis de resfriamento urbano.
A fala: “Fortaleza é conhecida como a Terra do Sol, com um clima tropical e temperaturas elevadas durante todo o ano. Mas o crescimento urbano das últimas décadas intensificou o surgimento de ilhas de calor e a ocorrência de chuvas intensas. O Observatório de Riscos Climáticos vai nos permitir monitorar essas situações e orientar ações de mitigação, além de aprimorar o tempo de resposta da Defesa Civil e de outros órgãos”, destacou o prefeito Evandro Leitão.
Os dados: O Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) foi o responsável pelo desenvolvimento da plataforma, que integra informações de diversos órgãos municipais, como a Defesa Civil e a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos. O sistema reúne três categorias de dados principais: sensação térmica, vulnerabilidade territorial e registros de ocorrências, e disponibiliza estudos técnicos, como o relatório “Entre o Clima e a Cidade”.
A visão técnica: De acordo com o presidente do Ipplan, Artur Bruno, conhecer os riscos climáticos é essencial para transformar o planejamento urbano em ações efetivas. “Medidas preventivas baseadas em dados aumentam a eficácia das respostas e otimizam recursos humanos e financeiros”, ressaltou.
O detalhe: O Observatório integra a Política Municipal de Mudança do Clima, instituída em setembro, e marca mais uma etapa da estratégia de Fortaleza para enfrentar os impactos do aquecimento global. Além da nova plataforma, a Prefeitura já propôs o aumento de 38% das áreas verdes no novo Plano Diretor e reforçou as ações de limpeza de recursos hídricos para reduzir alagamentos.






