Ibovespa volta a renovar recorde, em alta de 0,94%, perto dos 137 mil pontos

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Bolsa de Valores. Foto: Freepik

O Ibovespa iniciou a semana como fechou a anterior, em alta, acompanhando nesta segunda-feira, 26, o aumento das tensões no Oriente Médio, em Israel e no sul do Líbano, o que deu impulso na casa de 3% para os preços do petróleo na sessão, em Londres e Nova York. Na B3, Petrobras (ON +8,96%, PN +7,26%) segurou a ponta positiva do Ibovespa.

No fechamento, o índice mostrava alta de 0,94%, aos 136.888,71 pontos, tendo se reaproximado do recorde histórico durante a sessão, ao marcar 137.013,05 no melhor momento, perto dos 137 039,54 pontos do intradia da última quarta, 21. Para o fechamento, a marca desta segunda-feira corresponde a nova máxima histórica.

O giro ficou em R$ 20,6 bilhões nesta segunda-feira. No mês, o Ibovespa sobe 7,24%, a caminho do melhor desempenho desde novembro de 2023, quando avançou 12,54%. O índice segue rumo, também, ao terceiro ganho mensal consecutivo, colocando a alta do ano, até aqui, a 2,01%.

Na ponta do Ibovespa, além de Petrobras, destaque para São Martinho (+3,58%) e Natura (+2,33%). No lado oposto, CVC (-8,00%), Rumo (-2,92%) e Minerva (-2,14%).

Vale ON fechou em alta de 1,13%, o que, combinado ao forte avanço de Petrobras, mais do que compensou o fechamento dos grandes bancos, em tendência negativa na sessão à exceção de BB (ON +0,39%) e de Itaú (PN +0,22%) no encerramento.

“O início de semana foi de direção mista para os ativos de risco lá fora, com poucos indicadores novos disponíveis na sessão, em que ainda se assimilou as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no fim da semana passada”, diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, referindo-se ao processo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, com início sinalizado para a próxima reunião do comitê de política monetária (Fomc), em setembro, ainda que não se tenha grande clareza, no momento, para o ritmo em que será efetivado o ajuste

Em Nova York, enquanto o Dow Jones fechou o dia em leve alta de 0,16%, o S&P 500 e o Nasdaq cederam, respectivamente, 0,32% e 0,85%.

“O movimento de hoje no Ibovespa foi muito influenciado por Petrobras e Vale, seguindo a alta do petróleo e do minério de ferro”, nesta abertura de semana, acrescenta o economista. Em Dalian, na China, o principal contrato futuro do minério subiu 3,45%, a US$ 105,33 por tonelada, enquanto, em Cingapura, a alta chegou a 4,31%, o que recolocou a tonelada na casa dos US$ 100 por tonelada, após 12 sessões abaixo desse limiar.

“No Brasil, há desdobramentos importantes na agenda da semana, como a prévia da inflação oficial de agosto, amanhã, com o IPCA-15, e a expectativa para o encaminhamento ao Congresso da PLOA de 2025, o projeto de lei orçamentária para o próximo ano, até o final da semana”, acrescenta Ashikawa.

Na agenda do exterior, destaque na quarta-feira para números trimestrais da Nvidia, importante balizadora do setor de tecnologia nos Estados Unidos, e na sexta-feira para o índice PCE, métrica de inflação ao consumidor acompanhada de perto pelo Federal Reserve, observa Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital.

“A respirada do Brent, hoje, foi realmente o fator decisivo para que o Ibovespa se reaproximasse de máxima histórica, durante a sessão, com o impulso dado às ações de Petrobras, com peso relevante no índice”, diz Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos. “O temor global sobre recessão tem ficado para trás”, em relação ao que se viu no começo do mês, o que apoia a recuperação dos preços de commodities como petróleo e minério, observa o analista. Ele destaca também a relativa acomodação do câmbio, que contribui para o avanço do Ibovespa. Nesta segunda-feira, o dólar à vista permaneceu abaixo de R$ 5,50, a R$ 5,4928, em alta de 0,24% no fechamento da sessão.

Agência Estado

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