O fato: A pandemia de Covid-19 provocou uma ruptura importante na indústria calçadista brasileira. Dependente do mercado interno, onde historicamente são comercializados mais de 85% dos pares de calçados produzidos, o setor registrou quedas importantes com restrições ao comércio físico na época.
Produção: Em 2019, foram produzidos 898 milhões de pares, número que caiu para 746 milhões de pares em 2020, e alcançou 855 milhões, 886 milhões e 865 milhões nos anos seguintes, respectivamente. Para 2024, a projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) é de que a produção aumente até 3,2%, alcançando mais de 890 milhões de pares produzidos. Já para 2025, a estimativa da entidade é de, finalmente, recuperar as perdas pós 2019, alcançando um crescimento de até 1,9%, com a produção de 904 milhões de pares.
Mercado doméstico: Segundo a Abicalçados, o mercado doméstico, que estava puxando o desempenho da indústria calçadista para baixo desde 2019, terá papel fundamental nessa recuperação, embalada pela queda nos níveis de desemprego e no aumento da renda do brasileiro. “Entre janeiro e setembro, a entidade estima um crescimento de mais de 9% no consumo doméstico de calçados, onde também são computadas as importações”, comenta o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.
“O varejo precisa se abastecer, sobretudo pela proximidade com as festas de final de ano, que são historicamente muito importantes para a nossa indústria. Por isso, a expectativa para a feira, hoje a maior do Brasil, é a mais positiva possível”, destaca Ferreira, acrescentando que, além dos lançamentos de coleções de Outono-Inverno, a mostra terá expositores com pronta entrega para abastecimento de lojistas brasileiros e importadores.