O dólar avançou ante boa parte dos rivais nesta terça-feira, 28, em sessão volátil. As negociações foram marcadas por sensibilidade ao sentimento de risco global e divulgação de dados dos Estados Unidos e da Europa.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 136,16 ienes, o euro tinha queda a US$ 1,0584 e a libra cedia a US$ 1,2039. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, avançou 0,19%, a 104,869 pontos, representando aumento de 2,71% na variação mensal.
O sentimento de risco global foi o fator primário a influenciar negociações do dólar na sessão de hoje, conforme havia previsto o ING no início do dia. O banco avalia que o dólar deve permanecer neutro ou com modesta tendência de alta no curto prazo.
Já o Silicon Valley Bank observa que a força recente do dólar se deve a expectativas sobre taxas terminais de juros do Federal Reserve (Fed). No entanto, o foco das negociações deve recair sobre o cenário internacional assim que os mercados tiverem maior clareza após as reuniões monetárias de março e maio do BC americano, analisa o banco.
Mais cedo, a moeda americana chegou a registrar perdas após divulgação de dados de atividades na indústria dos Estados Unidos ampliar expectativas sobre o encerramento do ciclo de aperto monetário do Fed, frente a desaceleração da economia. O euro também chegou a avançar sobre o dólar, beneficiado por dados da inflação na França e na Espanha, que reforçaram possibilidade de postura mais hawkish do Banco Central Europeu (BCE).
Enquanto isso, o dólar canadense perdeu fôlego, revertendo sinal frente à rival americana. A moeda ficou sob pressão após Produto Interno Bruto (PIB) do Canadá permanecer estável ao contrário das projeções, que previam alta de 1,6%.
Agência Estado