“O Ceará é uma grande janela do H2V para a Europa”, diz líder da em Energia e Serviços da PwC

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O Ceará segue na vanguarda do hidrogênio verde no País. São 30 memorandos de intenção (MOU) de investimento em Hidrogênio verde no Ceará, dos quais três resultaram em pré-contratos com valores de investimentos estimado em US$ 8 bilhões.

Para o sócio-líder em Energia e Serviços de Utilidade público PWC Brasil, Adriano Correira,  o Estado é considerado a “janela” de oportunidades, especialmente a exportação do H2V para a Europa.

Confira abaixo a entrevista:

Focus – Como você observa a demanda global de hidrogênio verde? O Ceará consegue atender o mercado?

Adriano CorreiraA demanda global por hidrogênio, estimada pela PwC, é de algo entre 150 – a 500 milhões de toneladas métricas. O fator crítico para o desenvolvimento do hidrogênio verde é a dinâmica de redução de custos nos próximos anos. Hoje, os custos de produção estão estimados entre USD 3 E USD 9 por kg, com estimativa de redução para algo entre USD 2 E USD 6 por kg até 2030. Esse custo está diretamente ligado aos custos de geração de energia renovável, onde o Nordeste, e em particular o Ceará, possui custos extremamente competitivos.

O Nordeste tem um potencial enorme para produzir e comercializar hidrogênio verde. Seja pela vocação que a Região tem em geração de energia renovável, como a energia solar e eólica.

Focus – Que fatores chamam atenção no Nordeste para a produção de H2V?

AdrianoO Nordeste tem uma curva de ventos impressionante. Isso faz com que haja redução do CO2 e consequentemente aumenta a produção de hidrogênio verde, pois durante o seu processo não há produção de CO2.

Além do grande potencial para a produção de hidrogênio, o Nordeste também pode exportar energia na forma de amônia,  sendo enviada de volta em forma de hidrogênio, pela Alemanha, por exemplo. A Região possui a capacidade de exportar 25% de hidrogênio verde que a Europa vai consumir nos próximos anos. É um volume considerável que pode fomentar a economia da Região, gerando mais empregos e impulsionando outras cadeias que estão em volta.

Focus – Como a PwC observa o Ceará no mercado do hidrogênio verde?

Adriano – O Ceará se posicionou muito bem nos últimos anos. Teve uma disciplina para planejar e executar, trazendo diversos agentes para trabalhar juntos, fazendo sempre parcerias com o poder público e investidor privado, trazendo investidores com interesse no tema e capacidade de financiar a produção. Diante disso, o Estado é um dos principais polo do mundo na produção de hidrogênio verde.

Hoje a gente analisa o Ceará como uma grande janela para o hidrogênio verde, principalmente porque o Estado vem trazendo uma rota de exportação para Alemanha, além dos interesses dos europeus em financiar a própria produção do hidrogênio verde aqui no Ceará.

 

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