
Equipe Focus
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, Omar Aziz (PSB-AM) confirmou, nesse sábado, 22, que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deverá ser reconvocado a prestar um novo depoimento.
A tendência é que o requerimento seja apresentado já na próxima quarta-feira, 26, para ser votado no mesmo dia. Os senadores esperam que Pazuello volte a comentar sobre as ações e omissões do Governo Federal na condução da pandemia.
Segundo Aziz, as duas oitivas de Pazuello à CPI foram “hilárias“, pois o ex-ministro teria mentido ao dizer que a declaração de 22 de outubro de 2020, “um manda e o outro obedece“, seria apenas uma brincadeira de internet.
Aziz ainda declarou que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) permita que a CPI trabalhe sem limitações, lembrando que o general conseguiu, na Corte, um habeas corpus preventivo e o direito de não responder às perguntas e até de mentir.
“Nós não estamos ali pra matar ou crucificar ninguém. Não é enforcando alguém que essas 400 mil mortes vão voltar. O que nós queremos é evitar mais mortes, nos prevenir de novas pandemias ou por variantes dessa própria pandemia. […] Espero que a gente consiga trabalhar sem a ingerência do Supremo“, disse Omar Aziz.
O ex-ministro Pazuello, segundo Aziz, “estava com o habeas corpus debaixo dos braços, que permitia que ele falasse o que quisesse e que nada poderia acontecer com ele.”
O senador afirmou que o Ministério da Saúde e o governo federal usaram a cidade de Manaus (AM) como cobaia para testar a chamada “imunidade de rebanho”. De acordo com ele, houve crime de “ação, omissão e de obediência.”
“Tem video deles falando, tem tudo. Mas o ex-ministro Pazuello vai lá e diz que não disse […]. Ministro Pazuello, morreu muita gente pelo que você falou e muita gente pela sua obediência“, disse o presidente da CPI da Covid.