
O fato: O Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou uma retração de 0,2% na atividade econômica em agosto de 2024 em relação ao mês anterior. No entanto, houve um crescimento interanual de 3,4% no mesmo mês e de 4,1% no trimestre móvel encerrado em agosto. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Análise econômica: Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, destacou que o segundo mês consecutivo de retração na economia é resultado da estagnação da indústria e da retração no setor de serviços. Ela também ressaltou que, entre as principais atividades econômicas, apenas a agropecuária apresentou crescimento em agosto. No lado da demanda, houve um avanço na maioria dos componentes, com exceção das exportações, que caíram 2,5%, impactadas por uma menor contribuição dos produtos agropecuários e da extrativa mineral.
Consumo e investimento: O consumo das famílias registrou crescimento em todos os segmentos, com destaque para o setor de serviços, que impulsionou o desempenho do trimestre encerrado em agosto. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) também avançou, com um destaque significativo para o segmento de máquinas e equipamentos, que vem contribuindo positivamente desde o segundo trimestre. As importações, por sua vez, tiveram elevação em todas as categorias, com destaque para os bens intermediários.
Monitor do PIB-FGV: De acordo com o Monitor do PIB-FGV, o acumulado até julho de 2024 em valores correntes atingiu R$ 7,570 trilhões. A taxa de investimento em agosto foi de 18,1%, superior às médias históricas desde 2000. Criado para oferecer uma referência mensal do PIB, o Monitor utiliza metodologia semelhante às Contas Nacionais do IBGE, integrando cerca de 500 informações de volume e preço para medir a atividade econômica.