
Região antes marcada pelas secas e a pobreza desponta como epicentro da reindustrialização verde do Brasil, apoiada por energia limpa e investimentos bilionários. O termo Powershoring pode soar técnico, mas o impacto é concreto: powershoring é o novo motor da reindustrialização baseada em energia limpa e produção local, que redefine cadeias produtivas e reduz desigualdades regionais. E se há um território pronto para liderar essa transformação, é o Nordeste brasileiro.
⚡ Energia que move o futuro
Com 86,8% da potência elétrica instalada vinda de fontes renováveis, o Nordeste responde por 28,5% da matriz energética renovável nacional. São 29,8 GW em eólica e 15,3 GW em solar, consolidando a região como fornecedora estratégica de energia limpa para o país.
📊 Investimento em escala
Nos últimos 10 anos, o BNDES financiou R$ 63,4 bilhões em projetos de energia eólica e solar no Nordeste. O Banco do Nordeste (BNB), via FNE, aplicou R$ 45,8 bilhões desde 2017, enquanto a Sudene, por meio do FDNE, aportou R$ 5,4 bilhões no setor entre 2008 e 2023.
🧭 Território de convergência de oportunidades
O estudo da Ceplan Consultoria define o Nordeste como um “território de convergência de oportunidades”, com potencial de liderar a nova industrialização verde. O modelo promete gerar empregos locais, substituir importações e reduzir emissões — um caminho de crescimento sustentável e inclusivo.
🏭 Desafio e chance
Apesar do perfil industrial ainda concentrado em setores de alta intensidade energética e baixo conteúdo tecnológico, o cenário aponta para uma guinada: clusters voltados a fertilizantes verdes, equipamentos para energias renováveis, hidrogênio, biocombustíveis e indústrias eletrointensivas ganham espaço.
💬 Ao fim das contas:
O relatório da Ceplan é categórico: o Brasil tem uma chance única de se posicionar globalmente como produtor de bens industriais descarbonizados. O Nordeste já fez sua parte — agora, cabe ao país dar o passo adiante e transformar o potencial em liderança industrial limpa.






