O que aconteceu
O presidente do Icasa, Celso Pontes, revelou como será feita a destinação dos valores que o clube tem a receber da CBF, após vitória na Justiça em processo que pode ultrapassar R$ 90 milhões. Pelo contrato firmado em 2014, 30% do montante será destinado aos advogados da causa, antes mesmo de qualquer recurso entrar na conta do clube.
Por que importa
O dinheiro será administrado pela Justiça, que priorizará o pagamento de dívidas acumuladas ao longo da década de batalhas judiciais. O Icasa só terá acesso ao saldo remanescente, ainda sem previsão, já que a perícia que definirá o valor exato segue em andamento.
O advogado da causa
O responsável pela ação é Carlos Eduardo Guerra de Moraes: doutor, mestre e graduado em Direito pela UERJ, professor do IBMEC, UERJ e Mackenzie Rio. Ex-diretor da Faculdade de Direito da UERJ, é sócio do escritório Belaciano & Advogados, reconhecido por atuar em Direito Desportivo e representar atletas, clubes e federações perante instâncias como a FIFA e o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). Já foi homenageado pela Câmara Municipal do Rio com a Medalha Pedro Ernesto.
O pano de fundo
A disputa remonta à Série B de 2013, quando o Icasa alegou que o Figueirense escalou atleta irregular. O clube cearense terminou o campeonato um ponto atrás dos catarinenses, que subiram à Série A. Onze anos depois, o processo pode render ao Icasa cifras inéditas — mas também uma conta pesada de honorários.