
Migrantes deportados por governo Donald Trump nos EUA embarcam em avião militar — Foto: Casa Branca/Reprodução
A Suprema Corte dos EUA suspendeu a decisão que proibia agentes de imigração de abordar indivíduos apenas por fatores como raça, tipo de trabalho ou sotaque. Na prática, falar espanhol ou inglês com entonação marcada pode ser suficiente para ser parado.
O que estava valendo
A juíza Maame Frimpong havia imposto limites claros: agentes não poderiam usar sotaque, cor da pele ou ocupação como critério de suspeição. A medida abrangia todo o sul da Califórnia.
Como votaram
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Maioria conservadora (6 votos): aceitou o pedido do governo Trump para suspender a decisão.
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Três juízas liberais: denunciaram discriminação flagrante contra latinos, inclusive cidadãos americanos.
Vozes em choque
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Departamento de Justiça: sotaque e ocupação podem “aumentar a probabilidade” de status ilegal.
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Sonia Sotomayor: a Corte legitima que todos os latinos pobres sejam alvos permanentes da repressão.
Repercussão
O caso se soma à prisão de 475 trabalhadores em uma fábrica da Hyundai na Geórgia, apresentada por Trump como exemplo de “fazer o trabalho”, mas vista por críticos como ensaio para deportações em massa.
👉 O sotaque virou fronteira invisível: um marcador cultural tratado agora como prova de culpa.
Quer que eu prepare também um resumo de abertura em duas linhas afiadas, no estilo que abre as matérias do Focus Poder?