O fato: Nesta quarta-feira (09), as taxas dos títulos do Tesouro Direto registraram alta logo após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de setembro. Na primeira atualização do dia, às 9h40, os rendimentos dos títulos atrelados ao IPCA e dos prefixados apresentaram aumento, refletindo a reação do mercado à inflação acima do esperado.
Inflação e taxas do Tesouro Direto: O IPCA, que mede a inflação oficial no Brasil, registrou um aumento de 0,44% em setembro, contrastando com a deflação de 0,02% observada em agosto. Apesar do número ficar ligeiramente abaixo da expectativa do mercado de 0,46%, a aceleração da inflação influenciou diretamente as taxas de rendimento do Tesouro Direto.
As taxas do Tesouro IPCA+ para vencimentos em 2029, 2035 e 2045 subiram para 6,65%, 6,40% e 6,40%, respectivamente. Estes valores mostram um avanço em relação ao fechamento anterior, quando as taxas foram de 6,60%, 6,36% e 6,33%, respectivamente.
Prefixados: Os títulos prefixados também apresentaram elevação nas taxas de rendimento. Os títulos com vencimentos em 2027, 2031 e o prefixado com juros semestrais para 2035 subiram para 12,39%, 12,44% e 12,20%, em comparação com as taxas anteriores de 12,30%, 12,33% e 12,10%, respectivamente.
Contexto internacional: Nos Estados Unidos, as taxas de juros dos títulos do Tesouro (T-notes e T-bonds) operavam em queda. O rendimento dos títulos de 10 anos (T-note 10 anos) foi registrado em 4,035%, enquanto o rendimento dos títulos de 30 anos (T-bond 30 anos) caiu para 4,323%.