O que aconteceu
Donald Trump abriu uma ação bilionária contra o New York Times, acusando o jornal de difamação, parcialidade pró-democrata e “espalhar falsidades”. O processo foi protocolado em tribunal da Flórida, com pedido de indenização de pelo menos US$ 15 bilhões.
Por que importa
É a mais recente ofensiva de Trump contra veículos de imprensa desde seu retorno à Casa Branca. Antes, já havia acionado o Wall Street Journal, a ABC News, a Paramount e o âncora George Stephanopoulos, obtendo acordos milionários. Agora, o alvo é o jornal mais emblemático dos EUA.
A resposta do NYT
O New York Times reagiu: “Este processo não tem mérito e é uma tentativa de sufocar a imprensa independente. Não seremos dissuadidos por táticas de intimidação”. O jornal promete seguir investigando o presidente, amparado na Primeira Emenda.
O pano de fundo
O estopim foi a polêmica de um bilhete grosseiro atribuído a Trump e relacionado a Jeffrey Epstein, que ele nega ter escrito. O processo também contesta o livro Lucky Loser, dos repórteres Susanne Craig e Russ Buettner, que detalha a herança e negócios do republicano.
Trump acusa o NYT de se tornar um “porta-voz virtual da esquerda radical” e de interferir nas eleições ao apoiar Kamala Harris em 2024.
A linha de Trump
No processo, o ex-presidente exalta sua trajetória como empresário, descreve O Aprendiz como sucesso graças a seu “carisma sui generis” e se coloca como vítima de perseguição midiática. Mais do que indenização, a ação serve de palco político — e ecoa a estratégia de Trump de transformar tribunais em arenas eleitorais.