A pesquisa AtlasIntel mostra que 55,9% dos brasileiros são a favor de mais operações policiais semelhantes à que ocorreu no Rio de Janeiro — marcada por confrontos intensos, quatro policiais mortos e mais de uma centena de faccionados abatidos. Outros 35,3% são contra, e 8,8% não souberam responder.
Mas há uma ponderação importante: na avaliação geral da pesquisa, com muitas questões colocadas para os pesquiados, a segurança pública é, hoje, o tema que mais mobiliza paixões e revela fraturas morais no país.
Detalhe: segundo o levantamento, a megaoperação policial no Rio e seus desdobramentos são conhecidos por mais de 90% dos entrevistados.
📊 Percepção geral do impacto
Segundo a pesquisa,
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26,1% consideram que o impacto da operação será muito positivo;
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16,3%, positivo —
👉 somando 42,4% de avaliações favoráveis.
No outro extremo,
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20,1% avaliam o impacto como muito negativo;
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14,7%, negativo —
➡ total de 34,8% de avaliações desfavoráveis.
Outros 18,8% acreditam que haverá pouco ou nenhum impacto, e 4,1% não souberam responder.
🧩 A leitura é clara: há maioria pró-operação, mas com uma margem estreita. O tema divide o país entre quem vê firmeza e quem enxerga brutalidade — e reforça o quanto a segurança pública virou o novo campo de polarização nacional.
⚖️ Avaliação da violência empregada
Quando o foco é o nível de violência, o país se parte em dois blocos quase simétricos:
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52,5% afirmam que a força usada foi adequada;
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45,8% dizem que foi excessiva;
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1,6% não souberam avaliar.
Na prática, metade da população aceita o grau de letalidade empregado, mas a outra metade vê abuso.
O dado traduz a tensão entre a demanda por resultados rápidos e a inquietação ética com o custo humano dessas ações.
🧭 Síntese Focus Poder
A AtlasIntel oferece um retrato do dilema brasileiro:
há anseio coletivo por segurança, tolerância crescente à violência policial e, ao mesmo tempo, culpa difusa pela escalada de mortes.
A opinião pública se equilibra entre o medo e a moral, entre o direito à vida e o dever do Estado de agir.
E é nesse limiar que operações como a do Rio de Janeiro deixam de ser apenas casos policiais — para se tornarem fenômenos políticos, sociais e simbólicos.
📌 Metodologia
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Instituto: AtlasIntel
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Amostra: 1.089 respondentes
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População-alvo: população brasileira adulta
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Período: 29 e 30 de outubro de 2025
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Metodologia: recrutamento digital aleatório (Atlas RDR)
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Margem de erro: ±3 p.p. | Confiança: 95%
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