Perguntado sobre suposto superfaturamento em compra da Covaxin, Queiroga se irrita e abandona entrevista

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Na OMS, Queiroga faz apelo para que governos internacionais liberem vacinas ao Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Equipe Focus
focus@focuspoder.com.br

O convívio de Marcelo Queiroga com Jair Bolsonaro (sem partido) parece estar ensinado ao ministro da Saúde novas práticas de comportamento com o presidente da República.

Em cerimônia de lançamento de um fórum sobre proteção de fronteiras, nesta quarta-feira, 23, Queiroga falava com jornalistas quando foi questionado sobre um suposto superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin.

O ministro se irritou com os questionamentos e, seguindo o exemplo deu líder quando não recebe as perguntas que gostaria, abandonou a entrevista.

Inicialmente, o ministro foi questionado sobre o que faria em relação à Covaxin. Queiroga disse que o governo não comprou nenhuma dose do imunizante.

“Todas as vacinas que têm registro definitivo da Anvisa ou emergencial, o Ministério considera para aquisições. Então, esperamos este tipo de posicionamento para tomar uma posição acerca não só dessa vacina, mas de qualquer outra vacina que obtenha registro emergencial ou definitivo da Anvisa porque já temos hoje um número de doses de vacina contratados acima de 630 milhões”, afirmou Queiroga.

Um outro jornalista perguntou então se o governo compraria a vacina mesmo com preço mais alto que os demais imunizantes. Foi neste momento em que o ministro se irritou.

“Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Então, não foi comprado uma dose sequer da vacina Covaxin nem da Suptinik”, disse o ministro.

Os repórteres explicaram que a pergunta se referia a uma intenção futura. Queiroga disse que “futuro é futuro” e deixou a entrevista sem responder a outras indagações.

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