Ainda dá tempo de evitar uma tragédia sanitária. Por Luiz Pontes

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O ex-senador Luiz Pontes é o presidente estadual do PSDB. Foto: Divulgação

“No Ceará, o governador Camilo Santana tem que ser rígido e se manter contrário à realização de grandes festas de réveillon e carnaval. Eventos de massa são incontroláveis. Se fizermos isso, iremos ter uma tragédia sanitária novamente e não dá para conviver com a possibilidade de uma nova onda de Covid”. O alerta do ex-senador Luiz Pontes é também, segundo afirma, um apelo ao comitê da pandemia, que em breve terá que se pronunciar sobre a realização desses eventos de porte no Estado.

Sobre a atuação do comitê da pandemia, Luiz Pontes considera essencial que suas decisões estejam fundamentadas em critérios técnicos e científicos e que seus integrantes não podem estar subjugado às pressões políticas e de mercado. “Foi graças à experiência, conhecimento técnico e sensibilidade do então secretário de Saúde do Ceará, dr. Cabeto, que o governador Camilo pode contar com a firmeza de suas diretrizes no enfrentamento da doença. O comitê tem o dever de ouvir opiniões de quem enfrentou e conhece, por dever de ofício, os riscos das medidas que serão tomadas”, avalia Luiz Pontes.

Para o ex-senador, cogitar eventos com aglomerações gera uma falsa sensação de segurança. “Temos uma receita perigosa acontecendo: essa falsa sensação de segurança e pessoas sem ter completado o ciclo vacinal ou mesmo sem dose alguma. Não podemos abandonar as medidas necessárias. Uma reabertura precipitada para eventos de massa pode causar o mesmo que em outros países que abriram antes da hora e agora sofrem as consequências”, diz.

A pandemia da Covid-19 não acabou e está voltando com força na Europa, causando lockdown na Holanda, na Alemanha, na Áustria e gerando alertas vermelhos na Inglaterra, França e Portugal. Esses países que viram queda considerável de casos já enfrentam novos surtos e o número de infecções subiu no mundo todo em apenas um mês. E o que é pior: os avanços obtidos nos últimos meses podem estar sob ameaça ou sendo perdidos, adverte Luiz Pontes.

Luiz Pontes conhece de perto as consequências da Covid. Enfrentou o vírus durante 56 dias em uma UTI, foi traqueostomizado e ainda enfrenta sequelas decorrentes da doença. Ele afirma compreender a apreensão de setores como o do turismo e toda sua cadeia produtiva, mas também entender a preocupação externada por Camilo Santana, de que uma nova onda de Covid seria terrível para todos. “Não podemos abrir a guarda”, adverte, para ressaltar que o Ceará vem registrando alta progressiva nos casos de mortes nos últimos dias”, diz.

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