Equipe Focus
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O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio dos promotores de justiça abaixo assinados, todos integrantes do Grupo de Trabalho COVID-19, protocolou hoje denúncia-crime pelos crimes de peculato e corrupção passiva contra o cantor Weslye Safadão, sua esposa, Thayane Dantas Oliveira, a produtora Sabrina Tavares Brandão e a técnica de enfermagem Jeanine Maria de Oliveira e Silva, por ter tomado imunizante contra o coronavirus de forma indevida ao não obedecer o calendário público previamente publicizado pela prefeitura municipal de Fortaleza.
Além do artista, os promotores destacam que a esposa de Safadão “enquanto era atendida pela equipe de profissionais no local de vacinação, valeu-se de seu perfil de Instagram para gravar e divulgar para seus seguidores o momento em que eram imunizados”. Na petição, os membros do MP cearense frisam que sequer constava o nome de Thyane dentre os agraciados com a imunização naquele momento, tudo à vista de o plano de operacionalização da vacinação obedecer a um critério cronológico desde há muito definido. Já em relação ao Wesley, a denúncia aponta que ele estava agendado para receber a primeira dose da vacina Astrazeneca, a ser aplicada no Centro de Eventos do Ceará – Salão Taíba. No entanto, a acusação diz que o cantor tomou a vacina da marca Janssen por se tratar à época do único imunizante aceito nos EUA, local esse que o cantor iria fazer o show logo em seguida.
No documento apresentado pelo MPCE, consta imagens do carro de Safadão, bem como toda a movimentação montada pela logística para atender o artista de forma diferenciada das demais pessoas já previamente agendas pelo sistema único de vacina. Na denúncia, os promotores pedem a condenação de Wesley Oliveira da Silva, Thyane Dantas Oliveira, Sabrina Tavares Brandão e Jeanine Maria Oliveira e Silva como autores dos crimes de peculato e corrupção passiva privilegiada.
Na última quarta-feira, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) liberou o processamento dos crimes de peculato e corrupção passiva contra os acusados.