A rosa que murcha: o itinerário do PDT rumo ao crepúsculo

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Efeito debandada: a gota d´água para murchar de vez a flor pedetista seria a saída de Cid do partido.

Com o clima interno cada vez mais azedo, o conflito no PDT do Ceará pode levar o partido a definhar mais ainda no Estado. Para isso, basta que o senador Cid Gomes deixe a sigla levando consigo mais de 70% dos parlamentares e prefeitos filiados. Como há confronto, há justificativa para a saída sem grandes riscos de perda de mandatos parlamentares.

Vejam a seguir o itinerário do partido rumo à insignificância

  • Ao longo dos últimos anos, o PDT só diminui de tamanho. Não tem governadores. Sua bancada na Câmara dos Deputados é composta de apenas 18 parlamentares, o que equivale a menos de 4% da Casa.
  • O partido tem aproximadamente 5% dos prefeitos do País. Apenas dois comandam capitais, incluindo José Sarto em Fortaleza.
  • No Rio de Janeiro, estado no qual o PDT nasceu pelas mãos de Leonel Brizola, a sigla tem hoje apenas dois deputados estaduais.
  • É justamente no Ceará que está a força maior do PDT. A sigla elegeu 13 deputados estaduais, um senador e dezenas de prefeitos. Até recentemente, tinha a presidência da Assembleia Legislativa.
  • A desfiliação de Evandro Leitão pode ser só o começo da hemorragia.
  • O conflito interno foi deflagrado em 2022 com a decisão do partido de não conceder à então governadora Isolda Cela o direito de se candidatar à reeleição. O PDT optou pela candidatura de Roberto Claúdio, o que os fatos revelaram como um erro fatal do ponto de vista político.
  • Isolda Cela deixou o partido, que seguiu conflagrado para a campanha estadual. RC perdeu feio a disputa e o partido perdeu a chance de voltar a comandar o Governo do Ceará, abrindo o flanco para o PT passar a ser hegemônico.
  • Agora, a sigla está rachada e com sérios riscos de se isolar politicamente na tentativa de reeleger Sarto em Fortaleza. A gestão do pedetista na Capital é frágil e, segundo as pesquisas conhecidas até aqui, de baixa popularidade e alta desaprovação.
  • Sarto precisa de alianças fortes, tempo no horário eleitoral e recursos financeiros que o permitam fazer uma campanha à altura das necessidades. Tempo de TV e alianças fertes são improváveis. Sem isso, vai ser difícil.

 

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