Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas eletrônicas em agosto

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Bolsa Família. Foto: Pixabay

O fato: Um estudo do Banco Central revelou que, em agosto, beneficiários do Bolsa Família gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões em casas de apostas eletrônicas, com transferências realizadas via Pix. O levantamento foi solicitado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que planeja pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) para retirar temporariamente essas plataformas do ar até que sejam devidamente regulamentadas.

Contexto: O estudo aponta que 5 milhões de beneficiários, ou 25% do total de 20 milhões, realizaram apostas, com um gasto médio de R$ 100. Dentre esses apostadores, 70% são chefes de família. As apostas abrangem desde eventos esportivos até jogos em cassinos virtuais. Vale ressaltar que o valor mencionado se refere apenas a transações via Pix, o que indica que o montante total pode ser ainda maior, considerando outros meios de pagamento, como cartões de crédito.

Dados complementares: Além disso, o Banco Central revelou que o volume total de transferências via Pix para empresas de apostas variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês em 2024, muito superior ao montante arrecadado pelas loterias oficiais da Caixa Econômica Federal, que totalizou R$ 1,9 bilhão em agosto. O programa Bolsa Família pagou, no mesmo mês, R$ 14,12 bilhões a mais de 20 milhões de beneficiários, com um valor médio de R$ 681,09 por família.

Declarações: O presidente do BC, Roberto Campos Neto, destacou que as transferências para apostas triplicaram desde janeiro de 2024, refletindo um aumento de 200%. Ele expressou preocupação com o impacto desse comportamento nas camadas mais pobres da população, temendo que isso possa levar ao aumento da inadimplência no futuro.

Regulamentação: O governo federal já está agindo para regulamentar as casas de apostas no Brasil. O Ministério da Fazenda anunciou que suspenderá as operações de plataformas que não solicitarem autorização até 30 de setembro. O ministro Fernando Haddad descreveu a situação como uma “pandemia de apostas on-line” e reforçou a necessidade de combater a dependência psicológica gerada pelos jogos.

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