O que aconteceu:
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Fortaleza proibiu José Sarto de impulsionar qualquer tipo de conteúdo, positivo ou negativo, nas redes sociais. A medida vem após seguidos descumprimentos das normas eleitorais, que impedem a veiculação de propaganda negativa contra adversários.
• Mesmo punido anteriormente, Sarto continuou promovendo anúncios com conteúdo difamatório contra o candidato Evandro Leitão, o que levou o tribunal a aplicar sanções mais rígidas.
Por que importa:
Essa decisão impacta diretamente a estratégia de comunicação digital da campanha de Sarto, que vinha utilizando vídeos impulsionados como parte fundamental para influenciar eleitores. A decisão aponta que o uso de conteúdos negativos, proibido pela lei eleitoral, poderia prejudicar a lisura do pleito, especialmente com a proximidade do dia da eleição.
• A questão central: a Justiça Eleitoral tem reforçado que o impulsionamento de propaganda negativa viola o princípio do equilíbrio eleitoral, visto que essas práticas distorcem a percepção pública e podem influenciar indevidamente o voto.
Vá mais fundo:
O desembargador eleitoral Luciano Nunes Maia Freire destacou que, apesar de os anúncios terem sido desativados, “o efeito causado pelos impulsionamentos permanece, uma vez que já atingiu o público, conforme quantitativo registrado no alcance do anúncio.” Essa observação reflete a preocupação de que, mesmo fora do ar, o conteúdo já cumpriu seu propósito de disseminar informações prejudiciais ao candidato rival.
• Além disso, o magistrado criticou a alegação de que a quantidade de vídeos não era significativa, afirmando que “não se pode apreciar o ocorrido somente pelo viés da quantidade; deve-se mensurar o dano pelo potencial gravoso (e nefasto) que uma divulgação de cunho negativo pode conter.”
A consequência:
Se Sarto descumprir essa nova decisão judicial, seus perfis nas redes sociais serão suspensos até o fim do primeiro turno. O Facebook e o Instagram já foram notificados para remover postagens específicas e bloquear impulsionamentos feitos pela campanha.
• Além disso, a plataforma será obrigada a fornecer dados sobre os valores gastos pela campanha com os anúncios, em possível violação da legislação eleitoral. A campanha de Sarto bate recordes nacionais de gastos com propaganda na internet.
O que está em jogo:
A proibição imposta pelo TRE revela o esforço da Justiça Eleitoral em garantir a integridade do processo, principalmente em um cenário onde o uso da internet para fins eleitorais se intensificou. No caso de Sarto, a insistência em impulsionar material difamatório pode gerar efeitos significativos em sua campanha, uma vez que boa parte da estratégia digital agora está sob controle judicial.
+Dark posts e repetição de conduta ilegal levou desembargador a suspender impulsionamentos de Sarto