Prefeitura de São Paulo entra na Justiça para restabelecimento de energia após vendavais

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

O fato: A Prefeitura de São Paulo moveu uma ação judicial contra a Enel, exigindo o restabelecimento imediato da energia elétrica em áreas da cidade afetadas pelo apagão ocorrido na última sexta-feira (11). A petição, encaminhada à 2ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo na segunda-feira (14), prevê multa de R$ 200 mil por dia caso a distribuidora descumpra a ordem judicial. Mais de 200 mil imóveis seguem sem eletricidade na capital e na região metropolitana, conforme boletim divulgado nesta terça-feira (15).

Contexto: O apagão, segundo a prefeitura, foi desencadeado por fortes vendavais que derrubaram 386 árvores, muitas delas próximas a linhas de transmissão, além de, conforme alega o município, falta de ação preventiva da Enel. A cidade ainda lida com os transtornos deixados por esses eventos, que impactaram 1,6 milhão de pessoas inicialmente. No domingo (13), quase 48 horas após o apagão, ainda havia mais de 900 mil pessoas sem luz. Na manhã de segunda-feira, 530 mil residências permaneciam sem energia.

Falhas da concessionária: A prefeitura critica a Enel por um “estado de crônico descumprimento” de seu Plano Anual de Podas para 2023 e pela falta de um Plano de Contingência adequado. A gestão municipal também verificou, por meio de drones, que 30 veículos de manutenção estavam parados no pátio da empresa no domingo, enquanto 760 mil imóveis seguiam sem energia.

Impacto na população e no comércio: A falta de energia afetou diversos setores. A cozinheira Vania Teles relatou ter feito compras em uma loja iluminada apenas com lanternas. Carolina Larissa da Silva, caixa em um comércio, disse que o estabelecimento abriu mesmo sem eletricidade, usando apenas pagamento em dinheiro e Pix devido à falta de conexão para cartões. A gerente, Tamara Souza Ferreira, destacou os prejuízos enfrentados, especialmente no Dia das Crianças, uma das principais datas de vendas do comércio.

Setor alimentício: Restaurantes também foram severamente impactados. Elizeu Correia, proprietário de um restaurante, estimou perdas de aproximadamente R$ 15 mil, com alimentos perecíveis comprometidos pela falta de refrigeração. “Mesmo que a luz volte hoje, o prejuízo já foi enorme”, desabafou Correia, que segue sem energia desde a noite de sexta-feira.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Focus Poder inicia a série Protagonistas com o perfil de Chagas Vieira, o “interprete das ruas”

O “bolsa família” urbano: Lula ordena que ministro da Fazenda estude tarifa zero para o transporte público

Fortaleza desmontou um dos melhores sistemas de transporte urbano do Brasil

A articulação global da China que tem o Ceará como eixo estratégico; Por Fábio Campos

Pesquisa: Disputa pelo Senado expõe força de Cid Gomes, RC resiliente e a fragilidade do bolsonarismo quando dividido

Aprovação sólida mantém Elmano favorito a mais de um ano da eleição

Brasil tem 37,8% de trabalhadores informais; Saiba o tamanho da formalidade e da informalidade no Ceará

Com Camilo ao lado, Lula transforma aniversário de 95 anos do MEC em ato político

Bolsonaro antecipa o jogo e aposta em Tarcísio para 2026

A polêmica anunciada no entorno do Aeroporto Pinto Martins

A derrota da aberração: quando a política encontra seus limites

Lula e Trump em rota de conciliação (ou será colisão?); Por Fábio Campos

MAIS LIDAS DO DIA

A biblioteca do padre; Por Angela Barros Leal

Ceará lidera inadimplência de aluguéis no país em agosto

Trabalho por aplicativos cresce 25,4% e atinge quase 1,7 milhão de brasileiros em 2024

Obituário: Lauro Chaves Filho (1948–2025)

O Nobel de Economia 2025 e a urgência de uma sociedade guiada pela ciência; Por Adriana Rolim