MPF questiona Meta sobre mudanças nas políticas do Facebook e Instagram

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 Marcello Casal jr/Agência Brasil

O fato: O Ministério Público Federal (MPF) enviou, nesta quarta-feira (8), um ofício à Meta – empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp – solicitando esclarecimentos sobre as mudanças anunciadas nas políticas de moderação de conteúdo das plataformas. A Meta tem 30 dias úteis para responder ao pedido, feito pelo procurador Yuri Corrêa da Luz, do MPF de São Paulo.

O ofício integra um inquérito instaurado em 2021 para investigar “eventuais violações de direitos fundamentais” por plataformas digitais como Telegram, TikTok, YouTube e as redes sociais da Meta. Entre os objetivos, está entender as medidas adotadas por essas empresas para combater desinformação, disparo de mensagens em massa e o uso de robôs e perfis falsos.

Mudanças questionadas: O MPF busca detalhes sobre as mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg, incluindo se e quando elas serão implementadas no Brasil e quais impactos podem gerar nos direitos dos usuários. Entre as alterações divulgadas pela Meta estão:

•O fim do programa de checagem de fatos;

•O fim de restrições para temas como imigração e gênero;

•Promoção de “conteúdo cívico”, relacionado a questões político-ideológicas;

•Exclusão apenas de conteúdos considerados violações graves.

O MPF também pediu esclarecimentos sobre o que será classificado como “violações graves” e quais conteúdos passarão a ser moderados somente após denúncias de terceiros.

Além disso, o órgão solicita informações sobre as restrições eliminadas em temas como imigração e gênero, questionando possíveis impactos na política atual de moderação de discurso de ódio.

Políticas de discurso de ódio: Nos Estados Unidos, as novas regras da Meta já permitem que usuários associem homossexualidade ou transsexualidade a doenças mentais, contrariando o consenso científico. Além disso, manifestações com insultos homofóbicos, xenófobos e misóginos passaram a ser permitidas em certos contextos, como discussões políticas, religiosas ou relacionadas a rompimentos amorosos.

Em justificativa às mudanças, Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, argumentou que as regras anteriores eram excessivamente restritivas. “Não é certo que algo possa ser dito na TV ou no Congresso, mas não em nossas plataformas. Essas mudanças podem levar semanas para serem implementadas”, afirmou Kaplan.

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