Por que importa?
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), se tornou peça-chave na articulação política do presidente Lula. Seu destino pode influenciar tanto a reforma ministerial quanto o comando do PT e, claro, a política do Ceará enquanto o Planalto corre contra o tempo para fechar mudanças e destravar a votação do Orçamento. Veja a seguir o que o Focus Poder apurou.
O que está acontecendo?
• Lula iniciou as negociações para mudar a composição dos ministérios, buscando fortalecer sua base no Congresso.
• A Secretaria de Relações Institucionais (SRI), hoje comandada por Alexandre Padilha, é um dos principais focos da reforma.
• O PT defende que a pasta continue sob seu comando, e Guimarães desponta como nome forte para assumir o cargo.
• Caso seja nomeado ministro, ele deixaria a liderança do governo na Câmara, abrindo espaço para nova articulação na base.
O efeito dominó no PT
• A possível ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência anteciparia sua saída do comando do partido.
• Se Guimarães não for para um ministério, ele pode assumir a presidência do PT interinamente até as eleições internas, em 6 de julho.
• Caso o cearense vá para o governo, o senador Humberto Costa (PE) é cotado para liderar o partido no primeiro semestre.
Impacto no Ceará
• Guimarães quer ser candidato ao Senado em 2026, e sua movimentação em Brasília tem impacto direto na política do Ceará.
• Caso assuma um ministério, ele precisaria deixar o cargo mais cedo se mantiver a intenção de disputar a eleição, por conta dos prazos de desincompatibilização.
• Essa condição pode pesar contra sua nomeação, já que Lula busca estabilidade na articulação política e prefere evitar trocas no primeiro escalão antes da reta final do governo.
O que está em jogo?
Aliados alertam que Lula precisa definir logo os novos nomes para garantir votos na aprovação do Orçamento e evitar ruídos na base aliada. A escolha de Guimarães pode afetar tanto a governabilidade no Congresso quanto o futuro do PT.