O governo federal vai enviar ao Congresso, nesta segunda-feira (18), um projeto para elevar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Para compensar a renúncia fiscal, será criada uma nova taxação progressiva sobre dividendos, atingindo principalmente os contribuintes mais ricos.
📌 Como será a nova tributação?
• A isenção do IR será ampliada para 10 milhões de brasileiros.
• O imposto mínimo incidirá sobre quem ganha mais de R$ 600 mil ao ano.
• Quem recebe acima de R$ 1,2 milhão ao ano pagará, no mínimo, 10% de imposto sobre a renda total, incluindo dividendos.
📊 Quem será impactado?
• A taxação atingirá 141 mil pessoas, principalmente aquelas que recebem dividendos isentos.
• Para os beneficiados pela isenção do IR, haverá uma “escadinha”:
• Até R$ 5 mil: imposto zerado.
• Entre R$ 5 mil e R$ 7 mil: aumento gradual da alíquota.
• Acima de R$ 7 mil: volta a valer a tabela progressiva atual, com alíquota máxima de 27,5%.
📉 Impacto e cenário político
• O governo estima uma renúncia fiscal de R$ 27 bilhões em 2026.
• A proposta será o carro-chefe da base governista no Congresso e deve enfrentar resistência do setor empresarial e do mercado financeiro.
• A medida busca impulsionar a popularidade de Lula, que enfrenta queda de aprovação.
📢 O que vem agora?
• O presidente Lula se reúne com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) antes de apresentar o projeto.
• A taxação sobre dividendos será detalhada, incluindo o modelo de retenção na fonte para ganhos acima de R$ 50 mil mensais por empresa.
🔍 Por que importa?
O governo aposta na isenção do IR para a classe média como uma resposta política e econômica. A compensação via taxação de dividendos mira os mais ricos, mas pode gerar reação no Congresso e no mercado, que já demonstraram resistência à proposta.