Menos processos, mais lucro: o antídoto que melhorou a saúde do Hapvida

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🌐 Uma análise exclusiva do Focus Poder


“Saúde jurídica” melhora e ação da Hapvida dispara

🩺 A operadora cearense Hapvida voltou a respirar aliviada. Após anos sofrendo com a combinação tóxica de alta sinistralidade e avalanche de ações judiciais, a companhia começou 2025 com uma melhora expressiva nesses dois pontos — e foi recompensada pelo mercado.

📈 Resultado: as ações saltaram 11,7% nesta terça (13/5) e lideraram as altas do Ibovespa. No ano, a valorização chega a 23%, com o valor de mercado cravando R$ 20,1 bilhões.


O que importa

  • A constituição de novos depósitos judiciais caiu para R$ 136 milhões no 1º trimestre — abaixo dos R$ 204 mi do trimestre anterior.
  • A relação entre contingências e receita líquida também caiu: de 3,3% para 2,9%.
  • A conversão de caixa operacional atingiu 86%, com fluxo de caixa livre robusto (R$ 570 mi).
  • Mesmo com queda no lucro ajustado (R$ 416,4 mi, -15,8%), a companhia superou a expectativa de analistas (R$ 275 mi).

Por que isso importa

A queda no volume de ações judiciais e a melhora nos indicadores financeiros são um divisor de águas para a Hapvida, que vinha sob desconfiança do mercado desde a fusão com a NotreDame Intermédica. A redução dos riscos jurídicos sinaliza:

  • Menor pressão sobre o caixa, aliviando a alavancagem (que caiu de 1,06x para 0,98x).
  • Previsibilidade maior nos resultados, o que anima investidores institucionais.
  • Mais espaço para retomar o crescimento orgânico, uma exigência clara do mercado.

Vá mais fundo

📊 Sinistralidade em foco
O índice de sinistralidade caixa ficou em 68,6%, com leve alta, mas já incluindo os efeitos de ações judiciais. Sem esse item, cairia para 67,6%, sinal de controle mais eficiente dos custos assistenciais.

📉 Base de clientes ainda retrai
Apesar dos avanços, a empresa perdeu 54,8 mil beneficiários em relação a 2024. O ganho veio pela alta nos reajustes contratuais, o que manteve o crescimento da receita (R$ 7,5 bilhões, +7,3%).

💬 O que dizem os analistas

  • Goldman Sachs: Redução dos depósitos é “indicador de moderação dos volumes de ações cíveis”.
  • BB Investimentos: Estratégias jurídicas têm surtido efeito concreto nas contingências.
  • BTG Pactual: Resultado “encorajador”, mas espera crescimento orgânico mais robusto.

O que observar daqui pra frente

🔍 Se a redução das ações judiciais for consistente e a base de clientes voltar a crescer, a Hapvida pode finalmente destravar o valor prometido pela fusão com a Intermédica.

📌 O valuation atual é considerado barato — mas o mercado não perdoará recaídas em judicialização ou sinistralidade. O desafio agora é sustentar a virada.

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