
A Câmara Municipal de Fortaleza analisa o Projeto de Lei nº 669/2025, de autoria do vereador Wellington Sabóia (Podemos), que torna obrigatório o descarte seguro de garrafas de vidro em eventos públicos e privados realizados na capital cearense.
A proposta tem como metas prevenir a falsificação de bebidas, evitar riscos à saúde pública e fomentar práticas de reciclagem e sustentabilidade urbana. O texto determina que os organizadores de eventos devem disponibilizar pontos visíveis de coleta, adotar mecanismos que inutilizem as garrafas (como a quebra controlada) e encaminhar os resíduos para entidades cadastradas junto à Prefeitura.
⚖️ Fundamento e contexto
O projeto surge após um surto nacional de intoxicações por metanol, substância usada ilegalmente na produção de bebidas adulteradas, com casos registrados em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo a justificativa, a reutilização de garrafas de vidro facilita a atuação de quadrilhas que falsificam bebidas alcoólicas, colocando a população em risco.
O parlamentar destaca que a medida é preventiva e estratégica, reduzindo as chances de circulação de bebidas falsificadas e protegendo a integridade dos consumidores, especialmente durante grandes eventos na cidade.
🌎 Sustentabilidade e responsabilidade ambiental
Além da segurança, o projeto reforça o compromisso de Fortaleza com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), incentivando a economia circular e a valorização do vidro como insumo reciclável.
O encaminhamento das garrafas para cooperativas de catadores e empresas recicladoras fortalece a cadeia da reciclagem local, reduz o descarte irregular e contribui para uma cidade mais limpa, segura e sustentável.
🔍 Vá mais fundo
A proposta de Sabóia se soma a uma tendência global de regulamentação ambiental urbana, que combina saúde pública, segurança alimentar e sustentabilidade.
Ao exigir o descarte seguro, Fortaleza poderá evitar tragédias sanitárias como as provocadas por bebidas contaminadas e, ao mesmo tempo, criar um modelo de gestão responsável de resíduos em grandes eventos.
O projeto também propõe penalidades que vão de advertência e multa até suspensão de autorização para novos eventos, em caso de reincidência, o que demonstra a intenção de garantir efetividade e fiscalização contínua.
💡 Por que isso importa
Porque beber com segurança é um direito coletivo e a falsificação de bebidas representa risco real à vida e à saúde.
A proposta fortalece a responsabilidade dos organizadores e protege o consumidor de práticas criminosas, além de valorizar o trabalho de catadores e promover o uso consciente dos recursos ambientais.
Ao adotar a medida, Fortaleza dá um passo firme rumo a uma agenda urbana moderna e sustentável, alinhada a políticas de segurança pública, saúde e meio ambiente.
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