
O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio oficializou nesta quarta-feira (5) sua filiação ao União Brasil, em cerimônia realizada no Diretório Nacional do partido, em Brasília. O ato reuniu lideranças cearenses de peso — Ciro Gomes, José Sarto e Tasso Jereissati, todos do PSDB, além do presidente estadual do União, Capitão Wagner. Na mesa, estavam figuras nacionais de peso do UB, como o governador Ronaldo Caiado (GO) e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
O contexto: A chegada de Roberto Cláudio simboliza um novo arranjo político na oposição ao governador Elmano de Freitas (PT). O grupo, que agora articula PSDB e União Brasil, tenta se reposicionar para 2026, buscando projetar uma candidatura competitiva ao Governo do Ceará.
Roberto Cláudio ressaltou que a oposição no Ceará reúne forças expressivas — como o União Brasil, o PL, de André Fernandes, e o PSDB, de Ciro Gomes e Tasso Jereissati — e que o projeto do bloco nasce a partir de uma crítica estruturada ao governo atual, com o propósito de apresentar um caminho alternativo para o Estado.
O que disse Roberto Cláudio:
“Em algum momento, para além da crítica, nós vamos propor um projeto de mudança para o Ceará. E nesse projeto, nada é mais importante hoje, no coração do cearense, do que o sofrimento que o poder das facções tem causado ao nosso povo.”
O gesto político: Durante o evento, Capitão Wagner anunciou que Roberto Cláudio assumirá o diretório do União Brasil em Fortaleza. O tom foi de aproximação e pragmatismo. “Até hoje, o povo de Fortaleza tem saudades da gestão de oito anos de Roberto Cláudio”, afirmou Wagner.
Entre as falas: O presidente nacional do partido, Antonio Rueda, classificou a filiação como “o começo da mudança do Ceará”. Já Ciro Gomes usou seu discurso para atacar o grupo governista, falando em “desmontar uma oligarquia perniciosa, conivente com o atraso e com a fisiologia”.
Por que importa:
A filiação de Roberto Cláudio consolida uma aliança inédita entre antigos rivais, unindo o pragmatismo do novo cirismo e a estrutura do União Brasil, liderado no Ceará por Wagner, sob o mesmo guarda-chuva oposicionista. A cena política cearense ganha, assim, um novo eixo de disputa — um bloco que pretende se firmar como alternativa ao lulismo no Estado.








