
O fato:
As tarifas de água e esgoto no Ceará sofreram um reajuste de 9,73% e passaram a valer a partir desta quarta-feira (05/11). A decisão foi aprovada pela Arce e será aplicada de forma linear pela Cagece em todos os municípios onde a companhia atua.
Por que importa:
O aumento afeta diretamente o orçamento das famílias cearenses, que já enfrentam um cenário de perda de renda e alta no custo de vida. Além disso, a revisão tarifária ocorre em um momento de pressão por investimentos e cumprimento das metas do novo marco do saneamento.
Números:
- Tarifa por metro cúbico: de R$ 6,29 para R$ 6,90.
- Reajuste de 9,73%.
- Aplicação proporcional em novembro, conforme a data da leitura.
- Cobrança integral a partir de dezembro.
- Metas até 2033: 99% de cobertura de água e 90% de esgoto.
Contexto:
Segundo a Arce, esta é uma revisão tarifária, não apenas o reajuste anual ligado à inflação. O presidente da Cagece, Neuri Freitas, explica que o aumento recompõe custos acumulados em 2024 e serve para equilibrar o caixa da companhia. Ele destaca que o valor da tarifa incorpora despesas com financiamentos usados para construir e ampliar a infraestrutura de saneamento.
Fala:
“Todo ativo que é instalado tem por trás uma captação de recurso, que precisa ser paga mensalmente (…) No momento da revisão tarifária, ele entra na conta da tarifa, com o custo de capital e a amortização que permitem à companhia pagar essas instituições financeiras”, afirma Neuri.
O que vem agora:
Com o reajuste, a Cagece tenta garantir investimentos para cumprir as metas de universalização previstas no marco legal do saneamento. A expectativa é ampliar os índices de cobertura até 2033, especialmente em municípios do interior do Ceará.







