
O fato: O secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Inácio Arruda, afirmou que a implantação da unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará representa um marco estratégico para atrair empresas de grande porte ao estado, especialmente no campo da inovação e da indústria tecnológica.
Contexto: Segundo Inácio, o nível de capacitação de engenheiros formados pelo ITA cria um ambiente favorável para investimentos em setores de ponta. Ele citou como exemplo a WEG, empresa referência em soluções elétricas e energias renováveis, que planeja instalar uma planta industrial no Ceará, voltada à área de energia.
A fala: “A WEG quer colocar uma planta industrial no Ceará na área de energia e nós vamos estar muito preparados para recebê-la. Assim como empresas nossas que vão surgir, com incentivos do próprio governo, mirando em trazer companhias da China, da Alemanha, dos Estados Unidos e instalar ali no Porto do Pecém”, destacou o secretário.
Panorama: Inácio também chamou atenção para as desigualdades regionais nos investimentos em ciência e tecnologia. Ele comparou o cenário nordestino com o paulista, observando que enquanto em São Paulo cada real investido pela União é acompanhado por três das fundações locais, no Nordeste ocorre o inverso.
O secretário destacou que, nos últimos dois anos e meio, foram aplicados R$ 1,3 bilhão em investimentos no Ceará, abrangendo tanto o setor empresarial quanto o ambiente acadêmico.
O foco: Entre as áreas promissoras, Inácio apontou a biotecnologia como um dos eixos mais estratégicos para o futuro do Ceará. O secretário citou o programa Renorbio (Rede Nordeste de Biotecnologia), criado pelo professor Luiz ABC, que forma doutores na área e estrutura uma rede de profissionais capazes de sustentar o avanço científico e industrial do estado.
A conexão: A secretária da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), Sandra Monteiro, reforçou a importância da integração entre investidores e startups. Ela destacou o programa Conexão Capital, que busca aproximar o capital privado de negócios inovadores, e o projeto Corredores Digitais, que estimula o desenvolvimento de ideias e produtos de base tecnológica.
“Essa jornada vai acontecendo até agora no final do ano, e é um passo importante para transformar ideias em startups e startups em empresas consolidadas”, ressaltou Sandra. As declarações foram dadas durante entrevista à Trends, nesta quinta-feira (6), durante a Feira do Conhecimento 2025, no Centro de Eventos do Ceará.






