
O Mêntore Bank contratou o UBS BB para estruturar seu plano de expansão e preparar uma abertura de capital de até US$ 2 bilhões na Nasdaq até o fim de 2028. O movimento marca uma virada de escala no projeto comandado por Vanderson Aquino, o ex-vendedor de coco que transformou sua história pessoal em um dos cases mais surpreendentes do setor financeiro brasileiro.
Por que importa: a parceria com o UBS BB — banco com histórico em IPOs de fintechs como Nubank e C6 Bank — posiciona o Mêntore entre os candidatos mais promissores a estrear no mercado internacional. O mandato inclui planejamento estratégico global, avaliação de novos produtos, funding internacional e expansão geográfica.
“Eles vão cuidar do nosso planejamento estratégico, avaliando mercados de atuação, o fortalecimento no Brasil e a eventual expansão internacional”, diz Vanderson Aquino, fundador e CEO.
O movimento
O UBS BB, braço conjunto do UBS com o Banco do Brasil, se aproximou do Mêntore interessado em replicar o sucesso que teve com outros bancos digitais. O trabalho envolverá o board da fintech nos próximos três anos, com metas de:
- consolidar a governança corporativa,
- reduzir custos e ampliar eficiência,
- desenhar aquisições estratégicas,
- e preparar a estrutura para o IPO.
Nos bastidores, o UBS BB vê o Mêntore como um player com história forte, propósito social claro e base sólida entre trabalhadores de baixa e média renda — público que o banco digital domina com inadimplência abaixo de 0,2%.
O personagem
Vanderson Aquino, 37 anos, é cearense e começou a trabalhar aos 14 vendendo água de coco nos semáforos de Fortaleza. Foi office-boy, aprendeu contabilidade, abriu sua primeira consultoria tributária em 2015 e, seis anos depois, fundou o Mêntore Bank.
O banco nasceu com foco em crédito, folha de pagamento e serviços financeiros para quem ganha até três salários mínimos — um segmento pouco explorado por grandes instituições.
Hoje, o Mêntore movimenta mais de R$ 80 bilhões em operações anuais e projeta lucro líquido superior a R$ 300 milhões, segundo projeções divulgadas por Aquino.
Entre linhas: o perfil de Vanderson é visto como ativo estratégico no discurso do banco — uma narrativa de superação que conecta propósito e resultado, algo raro no setor financeiro.
A leitura Focus Poder
A contratação do UBS BB é mais do que um passo financeiro — é um movimento de poder.
O Mêntore aposta em internacionalizar sua marca sem perder sua identidade brasileira, ancorada na eficiência operacional e na cultura de proximidade com o cliente.
A presença de Aquino no comando é central: ele combina história pessoal inspiradora, disciplina empresarial e leitura de mercado.
É o tipo de liderança que atrai capital e confiança — fatores decisivos em um ambiente de fintechs que busca novos ciclos de credibilidade após a euforia de 2021.
Em resumo: Aquino agora comanda um banco digital avaliado em bilhões e mira Wall Street.







