
O fato: A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). A ação investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
O que se sabe: Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, após a primeira fase da operação revelar indícios de fraudes contra aposentados e pensionistas. Nesta etapa, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal.
Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial.
O contexto: A operação aponta que milhares de beneficiários do INSS tiveram descontos indevidos realizados em seus benefícios, supostamente para o pagamento de mensalidades de associações das quais nunca fizeram parte. O prejuízo estimado chega a milhões de reais.
A defesa: Em nota, os advogados de Alessandro Stefanutto afirmaram que a prisão é “completamente ilegal”, alegando que o ex-presidente “não tem causado qualquer embaraço à apuração” e “vem colaborando desde o início das investigações”. A defesa diz ainda confiar que conseguirá comprovar a inocência do ex-gestor.






