
O fato: O Ministério Público do Ceará recomendou que a Secretaria da Saúde do Estado apresente medidas emergenciais e corretivas para garantir a continuidade da assistência aos pacientes do Hospital César Cals, após o incêndio registrado na parte externa da unidade nesta quinta-feira (13).
O contexto: A recomendação determina que a pasta detalhe, em um planejamento formal, quais serviços essenciais serão executados para reparar os danos causados pelo incêndio. Paralelamente, o MP acionou a Justiça Federal pedindo que União, Estado e Município ampliem a rede pública neonatal em Fortaleza.
Os desdobramentos: Entre as alternativas apresentadas pelo órgão fiscalizador está a abertura da maternidade recém-construída no Hospital da Universidade Estadual do Ceará (UECE). A medida busca aliviar a pressão sobre as unidades terciárias da Capital, como o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand.
O que aconteceu: O incêndio no Hospital César Cals começou em uma subestação de energia na área externa. Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Chagas Vieira, as chamas foram controladas e não atingiram áreas internas de assistência. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram fumaça intensa e equipes retirando bebês em incubadoras, que foram temporariamente deslocados para lojas de um shopping próximo enquanto aguardavam ambulâncias.
Histórico: O César Cals é a unidade mais antiga da rede pública de saúde do Ceará e já enfrentou situações semelhantes. Em 1959, um incêndio provocado pela explosão de um depósito de éter destruiu parte do prédio. Na ocasião, o jovem João Nogueira, de 17 anos, morreu ao ajudar a retirar pacientes, gesto que marcou a história do hospital.







