
O fato: Os Correios aprovaram, nesta quarta-feira (19), um amplo plano de reestruturação financeira para tentar reverter a crise que atinge a estatal. A estratégia inclui um empréstimo de R$ 20 bilhões, previsto para ser concluído até o fim de novembro.
Contexto: Além do crédito, a empresa pretende monetizar ativos e vender imóveis, operação que pode gerar R$ 1,5 bilhão em receita. A reestruturação também prevê o fechamento de até mil pontos de atendimento deficitários, além da implementação de um programa de demissão voluntária e ajustes no plano de saúde dos funcionários. Os recursos ainda devem ser usados para regularizar pagamentos a fornecedores.
O empréstimo contará com garantia do Tesouro Nacional e será fatiado para atrair mais instituições financeiras e reduzir custos. A operação acontece após um sindicato de quatro bancos (Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank e ABC Brasil) aceitar conceder o valor solicitado, porém com juros considerados elevados.
O que está em jogo: A estatal acumula prejuízos desde 2022 e deve fechar 2025 com um rombo de R$ 10 bilhões — só no primeiro semestre, o saldo ficou negativo em R$ 4,4 bilhões. A expectativa dos Correios é reduzir o déficit em 2026 e voltar a lucrar em 2027, caso o plano avance como previsto.






