O fato: A arrecadação do governo federal em agosto de 2024 registrou um crescimento real de 11,95% em comparação ao mesmo mês de 2023, atingindo o valor de R$ 201,622 bilhões. Este é o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 1995, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (19). O resultado reflete o desempenho da economia e as medidas tributárias adotadas ao longo do ano.
Contexto: No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação federal alcançou R$ 1,731 trilhão, representando um crescimento de 9,47% em relação ao mesmo período de 2023, já ajustado pela inflação. Este também é um recorde para os primeiros oito meses do ano, destacando a consistência do aumento das receitas federais ao longo de 2024.
Entre os fatores que impulsionaram a arrecadação no mês de agosto estão a volta da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, o desempenho dos tributos relacionados ao comércio exterior, que se beneficiaram do aumento das importações e da taxa de câmbio, além de uma alta no Imposto de Renda sobre ganhos de capital, impulsionada pela boa rentabilidade das aplicações de renda fixa.
Impacto dos setores: As receitas administradas diretamente pela Receita Federal, que incluem a coleta de impostos da União, somaram R$ 195,120 bilhões em agosto, um aumento de 12,06% em termos reais em comparação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, esses recursos chegaram a R$ 1,645 trilhão, um crescimento de 9,41% sobre o mesmo intervalo de 2023.
As receitas administradas por outros órgãos, que incluem royalties da exploração de petróleo, registraram um avanço de 8,50% em agosto, totalizando R$ 6,502 bilhões. De janeiro a agosto, esses recursos somaram R$ 85,933 bilhões, um crescimento de 10,54% em termos reais.
Destaques específicos: Entre os principais destaques do mês de agosto, a arrecadação com os tributos PIS/Pasep e Cofins apresentou um crescimento expressivo de 19,93%, totalizando R$ 45,676 bilhões. As receitas previdenciárias também tiveram um aumento relevante de 6,99%, atingindo R$ 54,700 bilhões no mês.
Esses resultados foram impulsionados tanto por fatores macroeconômicos quanto pelo desempenho de setores-chave da economia, como o comércio exterior e o setor de combustíveis, que voltaram a contribuir de forma significativa para o aumento da arrecadação federal.