
O fato: Nesta segunda-feira (20), o Banco Central (BC) do Brasil realizou dois leilões de dólares com compromisso de recompra futura, cada um com limite de US$ 1 bilhão, totalizando até US$ 2 bilhões. Apenas as instituições credenciadas pela autoridade monetária, conhecidas como dealers de câmbio, participaram das operações.
As taxas de câmbio utilizadas foram as do boletim Ptax das 10h, fixadas em R$ 6,06 por dólar. Os leilões ocorreram em horários distintos: o primeiro, entre 10h20 e 10h25, e o segundo, das 10h40 às 10h45. As liquidações das vendas serão efetuadas no dia 22 de janeiro de 2025.
Cronograma de recompra: O BC também divulgou as datas para a recompra dos recursos negociados. Para o leilão A, a recompra será realizada em 4 de novembro de 2025. Já no leilão B, o retorno ocorrerá em 2 de dezembro de 2025. Essas operações são realizadas como parte das estratégias para manter o equilíbrio do mercado cambial.
Reservas internacionais: O Brasil conta atualmente com cerca de US$ 330 bilhões em reservas internacionais, que funcionam como um seguro contra crises cambiais e choques externos. Essas reservas são compostas principalmente por títulos e depósitos em moedas estrangeiras, como dólar, euro, libra esterlina, iene, e dólar canadense, além de ouro e direitos especiais de saque no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Função estratégica: Segundo o Banco Central, essas reservas garantem a funcionalidade do mercado de câmbio em um regime de câmbio flutuante. Isso ajuda a atenuar oscilações bruscas da moeda local, o real, em relação ao dólar, proporcionando maior estabilidade e previsibilidade para os agentes econômicos.
O BC ressaltou que o objetivo principal dessas operações é assegurar a estabilidade do mercado e oferecer maior segurança em um cenário econômico desafiador.